O apresentador e empresário Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos, morreu neste sábado (17). Conhecido como um dos maiores ícones da televisão brasileira, o dono e principal representante do SBT também teve uma breve carreira política ao se candidatar duas vezes na década de 1980.
Originalmente, Silvio negou possíveis envolvimentos com a política, mas, em 1988, se candidatou à Prefeitura de São Paulo. O apresentador chegou a figurar em primeiro lugar em uma pesquisa eleitoral, mas Luiza Erundina (PSOL) foi eleita para o cargo.
A entrada de Silvio Santos na corrida eleitoral de 1989 foi considerada um movimento inesperado. Há poucos dias do prazo final para registro de candidatura, o comunicador substituiu Armando Corrêa, cujo registro de candidatura havia sido impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e foi o candidato do Partido Municipalista Brasileiro (PMB).
Na pesquisa eleitoral da Gallup, publicada em 2 de novembro de 1989, Silvio Santos lierava a disputa pela presidência com 29%. O apresentador era seguido por Fernando Collor, que aparecia com 18,6% dos votos. Os candidatos seguintes eram Lula e Brizola.
A candidatura do apresentador acabou sendo anulada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a alegação de que o PMB não estava regularizado. Silvio, como dirigente de uma rede de televisão com alcance nacional, foi considerado inelegível, tendo a candidatura invalidada.
Em 1992, ele tentou disputar pela Prefeitura de São Paulo novamente, mas também teve a candidatura invalidada. Posteriormente, o apresentador chegou a receber convites para se candidatar novamente, mas acabou cumprindo o que relatou em conversa com Marcondes Gadelha, que seria seu vice em 1989, e escreveu o livro "Sonho Sequestrado" sobre a candidatura falha: "Política nunca mais".