O secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro, afirmou nesta quarta-feira (1 de janeiro), após a posse do vereador Juliano Lopes (Podemos) como presidente da Câmara Municipal de BH, que haverá "sequelas" na relação da Casa com a prefeitura após os atritos ocorridos nas articulações visando a eleição para o comando do Poder Legislativo municipal.

Marcelo Aro é o principal articulador do grupo conhecido na Câmara como "Família Aro". A crítica do secretário é em relação à atuação do vice-prefeito e secretário de Governo, Álvaro Damião (União), que trabalhava para a eleição do vereador Bruno Miranda (PDT).

Conforme Aro, as articulações da prefeitura, lideradas por Álvaro Damião, foram uma "lambança". "Os últimos dias não foram fáceis para a gente. Muitas investidas nos nossos vereadores. Fizeram algo que deixa sequela na nessa relação, deixa sequela na cidade", pontuou. 

Ao explicar o que significava "lambança", Aro afirmou que usaram a máquina para intervir no Legislativo municipal. "Como fizeram dessa vez, nunca vi, e olha que tenho experiência", afirmou Aro, que tanto quanto Juliano, não atribuiu em nenhum momento nas declarações dadas nesta quarta-feira a culpa dos embates pelo comando da casa ao prefeito Fuad Noman.

Outro lado

O líder do governo na Câmara, Bruno Miranda (PDT), candidato derrotado na briga pelo comando da Casa, acionado pela reportagem, afirmou que agora é "dar tempo ao tempo". "É desarmar os espíritos, para restabelecer uma relação republicana de parceria com a prefeitura", disse.