Os fortes rumores sobre a troca de comando da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais levaram servidores a elaborar um abaixo-assinado para pressionar o governo Romeu Zema (Novo) a manter Igor de Alvarenga à frente da pasta. Conforme mostrou O TEMPO, circula nos bastidores a informação de que o secretário deve ser exonerado nos próximos dias em um movimento articulado pelo vice-governador Mateus Simões (Novo), que estaria insatisfeito com as entregas e as estratégias adotadas pelo chefe da secretaria. 


Endereçado ao governador Romeu Zema, o abaixo-assinado elaborado por diretores escolares vinculados à Superintendência Regional de Ensino de Caratinga, na região do Rio Doce, é acompanhado de um texto no qual servidores listam razões pelas quais Alvarenga deveria permanecer no cargo. Entre os argumentos, os signatários pontuam que “o referido secretário tem demonstrado gestão qualificada, comprometida e inovadora, com medidas que têm impactado positivamente a realidade educacional mineira, especialmente em regiões do interior, onde os desafios são historicamente mais complexos e sensíveis”. 

No mesmo documento, ao qual O TEMPO teve acesso, os diretores escolares ainda citam como feitos de Alvarenga a modernização da gestão escolar, investimentos em infraestrutura física e tecnológica, valorização dos servidores e a implantação de políticas de cuidado e convivência escolar.  “A descontinuidade dessa política educacional representaria não apenas um retrocesso, mas um rompimento com expectativas legítimas de milhares de profissionais e estudantes que testemunham, diariamente, seus efeitos positivos”, argumentam os autores do abaixo-assinado. 


Apesar das informações sobre a queda de Alvarenga ventiladas nos bastidores, o governo de Minas não havia respondido os questionamentos de O TEMPO sobre a suposta queda do secretário até o início da noite desta terça-feira (15/7). 

Ex-ministro de  Temer é cotado para o cargo

Igor de Alvarenga está desde agosto de 2022 à frente da Secretaria de Educação. Ainda conforme informações de bastidores, o nome cotado para substituí-lo é o de Rossieli Soares, que atuou como ministro da Educação durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Antes de assumir o posto no governo federal, ele foi secretário de Educação dos estados de São Paulo, do Amazonas e do Pará.