Figuras da direita mineira, que antes haviam convocado um ato em defesa da anistia dos presos do 8 de janeiro para a Praça da Liberdade no domingo (16 de março), vão agora à manifestação mobilizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Dentre os nomes que devem comparecer ao ato na capital fluminense estão o deputado estadual Bruno Engler (PL), o vereador de Belo Horizonte Vile Santos (PL), o também vereador pela capital Pablo Almeida (PL) e, possivelmente, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), que ainda avalia sua participação.

Os deputados federais Nikolas Ferreira (PL) e Junio Amaral (PL) também devem figurar entre os participantes. Irlan Melo (Republicanos) e Cláudio Mundo Novo (PL), vereadores de Belo Horizonte, também confirmaram presença, assim como a deputada estadual Chiara Biondini (PL) e seu pai, o deputado federal Eros Biondini (PL). Os deputados estaduais Eduardo Azevedo (PL), irmão do senador Cleitinho Azevedo (PL), e Amanda Teixeira Dias (PL) ainda vão participar. 

Com isso, manifestações outrora convocadas pelo grupo político ligado ao ex-presidente em Belo Horizonte estão suspensas e devem acontecer apenas de maneira espontânea na capital, sem convocação oficial. O plano inicial de Bolsonaro e seus aliados era fazer vários atos em todo o Brasil no domingo, mas foi decidido que unificar as manifestações no Rio de Janeiro seria estrategicamente mais viável. 

Movimentos de direita, que são o berço de figuras como Bruno Engler, Nikolas Ferreira e Junio Amaral, inclusive, organizaram uma caravana, promovida por Cristiano Reis, partindo de vários pontos em Belo Horizonte e região metropolitana, no sábado, às 20h, para levar manifestantes a Copacabana no domingo, com previsão de retorno às 17h. O preço estabelecido por algumas das viagens é de R$ 175 pela ida e volta.

“Quem puder de Minas Gerais compareça no domingo em Copacabana. É pela nossa liberdade de expressão, pelo o que resta ainda da nossa democracia e pela anistia. Realmente, é muito doloroso saber que existem órfãos de pais vivos por aí”, afirmou Bolsonaro em vídeo divulgado por Vile nesta semana, em que o vereador aparece ao lado do ex-presidente.

No ato, que está previsto para começar às 10h no Rio de Janeiro, Bolsonaro pretende mobilizar sua militância para pressionar a classe política a avançar no projeto que perdoa os envolvidos na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília e, principalmente, depois da denúncia da PGR contra ele e mais 33 pessoas por golpe de Estado. Dezenas de políticos devem subir ao trio com o ex-presidente, incluindo seus filhos: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos).

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), também é esperado. Integram a lista nomes que ocupam cadeiras no Congresso Nacional, onde está o projeto de lei da anistia. Entre eles, os líderes do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), e na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ). Outros nomes da oposição também devem estar presentes no ato em Copacabana, como o presidente do PL Valdemar Costa Neto.