O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) se posicionou contra a proposta de aumentar o número de deputados federais no Congresso Nacional, dizendo que os parlamentares não podem “apontar o dedo” para o governo federal sem considerar as próprias ações. Cleitinho compartilhou um vídeo em suas redes sociais na manhã desta segunda-feira (17 de março) com um trecho de sua fala em plenário criticando o projeto que aumenta o número de integrantes e será debatido pelo Legislativo neste semestre.

Na avaliação do senador, o aumento de parlamentares na Câmara trará, consequentemente, um aumento nos gastos de auxílios e de pessoal, por conta da contratação de assessores. Cleitinho faz uma comparação a uma crítica que o Congresso tem feito ao governo Lula (PT), de gastos de mais de R$ 3 milhões com publicidade. Como lembra o senador, a criação de novas cadeiras de deputado federal trariam custos anuais de R$ 40 milhões.

“A gente está falando aqui todo dia: o governo tem que cortar gastos. A gente não aponta o dedo aqui para o governo? Então tem que apontar o dedo para nós aqui também, para o Congresso Nacional. Nós temos que cortar gastos, nós não temos que aumentar gasto igual está acontecendo aqui no Congresso Nacional.”

Em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o número de deputados de cada estado deve ser revisto, em razão do Censo de 2022. O tribunal determinou que o Congresso Nacional edite, até 30 de junho de 2025, uma lei revisando a distribuição do número de cadeiras de deputados federais em relação à população de cada estado.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), já sinalizou a intenção de aumentar o número de parlamentares. Com a alteração, a Casa passaria a ter mais 14 deputados federais, além dos atuais 513, totalizando 527, ponto de crítica do senador Cleitinho. A expectativa é que, neste semestre, a Câmara discuta se de fato irá ampliar o número de vagas ou redistribui-las.