A audiência pública para discutir a instalação de pontos de pedágio entre Belo Horizonte e o Aeroporto de Confins, realizada na Câmara Municipal de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (20 de março), contou com a presença dos deputados estaduais Bella Gonçalves (PSOL), Beatriz Cerqueira (PT) e Bruno Engler (PL), que chegaram a dividir espaço na Casa. 

Enquanto Bella e Beatriz estiveram no plenário Helvécio Arantes desde o início das votações da comissão, Engler chegou durante a fala de abertura da audiência pública coordenada pelo vereador Wanderley Porto (PRD). “Já estava com saudade de vocês na Assembleia”, disse o parlamentar do PL ao cumprimentar as deputadas. “É, muita saudade”, rebateu Beatriz, em tom de ironia. 

Todos os deputados estaduais convidados para o encontro já se pronunciaram de forma contrária aos novos pórticos de pedágios. "A instalação de pedágios na região metropolitana vai no sentido contrário do princípio de integração, acesso a direitos, circulação entre as cidades. Esse foi o motivo pelo qual eu apresentei na Assembleia Legislativa uma PEC que teve, além da minha assinatura, assinatura da Bia, assinatura do Bruno, ao todo de 33 parlamentares de diferentes partidos, mas que por pressão do governo do Estado de Minas Gerais ainda não iniciou a tramitação", relatou Bella ao abrir a discussão.

Após a psolista, foi a vez de Beatriz Cerqueira comentar a implantação de radares na região metropolitana. "Existe um nível de convergência quando a gente tem que defender a população, por isso que existem três deputados antagônicos nessa mesa. De todas as escutas que foram feitas pelo governo, o que eles estão mudando? Não tem escuta da população, dos municípios, é falsa a ideia de audiências públicas para escutar a população", criticou a parlamentar.

Em seguida, Engler também destacou pontos negativos dos novos postos de pedágio. "É um projeto prejudicial para nosso Estado. É um projeto que, no meu entender, não deveria prosperar. Eu parabenizo a Câmara por se posicionar nesse sentido, preocupada com a região metropolitana. Estamos com uma dificuldade de tramitação no Projeto de Lei, mas estamos brigando para poder avançar, com muito diálogo para não permitir algo que é lesivo ao cidadão, que é aquele que temos o dever e obrigação de defender", declarou.