BRASÍLIA - O filho do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Bernardo Van Brussel Barroso, decidiu não retornar aos Estados Unidos após ter passado férias na Europa nas últimas semanas. A informação foi publicada primeiro pelo portal Uol.
A decisão foi tomada após o governo dos Estados Unidos ter suspendido o visto de oito ministros do STF, incluindo Barroso. Apesar de a medida não ter citado expressamente quais familiares do ministro podem ser afetados, Bernardo quis evitar a possibilidade de ser barrado ao entrar no país norte-americano.
Bernardo Barroso é diretor do banco BTG Pactual em Miami. A viagem de férias à Europa foi feita antes da aplicação das sanções pelo governo do presidente Donald Trump. Com a mudança de planos, o filho do presidente do STF deve retornar para o Brasil.
Além de Barroso, tiveram suspenso o visto americano os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes, apontados pelo governo americano como “aliados” em pautas como o julgamento do inquérito que apura a suposta trama golpista que teria sido comandada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, além da regulamentação das plataformas digitais.
No caso de Moraes, também foi aplicada a Lei Magnitsky, que prevê medidas como o bloqueio de bens e contas bancárias em instituições financeiras dos EUA e do uso de cartões de bancos americanos, além de plataformas como Google Pay e Apple Pay.