O atual cenário político-partidário brasileiro, com 29 siglas aptas a lançar candidatos em eleições e outros 20 em processo de formação, contrasta com um dos períodos mais sombrios da história nacional. Há quase 60 anos, uma medida implementada durante a ditadura militar reduziu o número de partidos ativos no país a apenas dois.
Em 27 de outubro de 1965, o então presidente Castello Branco editou o Ato Institucional 2, que extinguiu todos os partidos políticos em atividade no país no período, substituindo-os por dois novos: a Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apoiava o governo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que fazia oposição ao regime.
O sistema, que forçou todos os políticos a migrar para uma das duas legendas conforme seus respectivos alinhamentos ideológicos, durou até 1979, quando uma nova reforma partidária trouxe de volta o modelo de multipartidarismo.
Diferentemente da Arena, o MDB resistiu ao fim do bipartidarismo e está ativo até hoje – ele foi renomeado como “PMDB” em 1980, mas retomou a nomenclatura original em 2017. Presidente estadual da legenda, o deputado federal Newton Cardoso Jr. define o período de atuação da sigla durante a ditadura como “duríssimo”, mas avalia que a oposição do partido ao regime abriu caminhos para a democracia. “E é isso que hoje reverbera por todos os cantos da política nacional e que garante a estabilidade política que hoje o Brasil vive”, diz.
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