A deputada federal Greyce Elias (Avante) acredita que o Congresso Nacional chegará a um consenso para derrubar os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag). Recentemente, a federação partidária União Brasil-PP, o Solidariedade e o MDB se comprometeram com o governo Romeu Zema (Novo) a votar pela derrubada das matérias. Em entrevista ao programa Café com Política, exibido no canal no YouTube de O TEMPO nesta terça-feira (17 de junho), a parlamentar afirmou que o Avante também deve atender à solicitação do Governo de Minas.
Greyce Elias acompanhou a reunião entre o governador Zema e a bancada mineira no último dia 11 de junho para tratar sobre os vetos de Lula ao Propag. Como lembra a deputada, diferentes partidos se manifestaram a favor da derrubada dos vetos. Para ela, o Avante, por ter cinco parlamentares mineiros na Câmara dos Deputados, também deverá se posicionar pela derrubada.
“Nós também estamos em maioria, entendendo ser uma necessidade principal e primordial do nosso Estado. Com certeza, o partido Avante também orientará para que a gente possa fazer essa derrubada. Mas o mais importante é que a gente saiu daquela reunião com esse espírito, que essa grande união fará com que a gente consiga ter esse resultado positivo e, ao mesmo tempo, todo mundo motivado e como embaixadores desse trabalho de trazermos outros parlamentares para que também possam votar junto conosco.”
A deputada explica que os deputados mineiros devem fazer um documento formal para encaminhar aos líderes no Congresso para que as razões para derrubada dos vetos sejam apresentadas. A proposta é pautar no Plenário, mas também conseguir os votos necessários.
Conforme Greyce, essa será a prioridade da bancada. Entretanto, ela não descarta que, após a votação, o Congresso se mobilize para que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) adiante a avaliação dos ativos oferecidos pela gestão de Zema para adesão ao Propag. Recentemente, o BNDES informou que pode levar até 11 meses para ponderar sobre o preço das estatais.
Para a deputada, a nível legislativo, é preciso que ocorra também uma avaliação detalhada dos ativos que o Governo de Minas pretende entregar à União, de forma a definir o que possa ser mais vantajoso para o Estado no pagamento da dívida, que, atualmente, está em cerca de R$ 165 bilhões.
“Temos a esperança de realmente aceitar essa proposta do Propag, mas, com certeza, é necessário que haja um equilíbrio, pois a gente percebe que a gente precisa realmente verificar essa questão fiscal, mas, ao mesmo tempo, a gente precisa também preservar o patrimônio dos mineiros”, pontua.