Único mineiro no alto escalão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL) foi demitido nesta quarta-feira (9) por desavenças com o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, desaprovadas pelo chefe do Executivo. Apesar de o cargo no Executivo ter sido o primeiro a ser ocupado por ele, o político e empresário tem uma longa trajetória no Poder Legislativo.

Nas eleições gerais de 2018, ele foi reeleito e conseguiu o título de deputado federal mais votado em Minas Gerais, somando 230.009 votos à época. Contudo, logo após a posse do atual presidente, ele foi indicado ao cargo de Ministro do Turismo e não chegou a atuar no Congresso naquele ano.

Marcelo Álvaro Antônio entrou para a vida política em 2012, quando foi vereador por Belo Horizonte pelo antigo Partido Republicano Progressista (PRP), que foi incorporado pelo Patriotas em 2019. No pleito, ele recebeu 8.846 votos. 

No mandato na Câmara Municipal, atuou principalmente em prol da região do Barreiro, como um sucessor de seu pai, o ex-deputado Álvaro Antônio Teixeira Dias, e criou o projeto “Vereador no Bairro”.

Em 2014, concorreu à Câmara dos Deputados, em Brasília, por Minas e angariou 60.384 votos, sendo o terceiro mais bem votado na capital.

Em 2016, o político tentou concorrer à prefeitura de Belo Horizonte pelo então Partido da República, atual Partido Liberal, mas não conseguiu chegar ao Executivo. 

Atualmente, Marcelo Álvaro Antônio é presidente do PSL em Minas Gerais e, dentre as pautas que defende, estão o combate à corrupção e a descentralização de recursos da União.

Então ministro, em maio deste ano, ele foi homenageado pelo presidente Jair Bolsonaro com a “Ordem do Mérito Naval”, por conta de sua atuação honrosa à Marinha brasileira.

Durante sua atuação na Câmara, o pesselista votou a favor do impeatchment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), foi favorável à cassação do mandato de Eduardo Cunha, e às investigações contra o ex-presidente Michel Temer (MDB). Marcelo Álvaro Antônio também se opôs à criação do fundo partidário, à reforma trabalhista de 2017 e ao “distritão”.