O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi às redes sociais para pedir a opinião sobre o Programa de Escolas Cívico-Militares do Governo de Minas. No final de junho, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) iniciou o processo de consulta às comunidades escolares sobre o interesse de aderir ao projeto, que vem sendo alvo de críticas por professores da rede estadual. A publicação de Zema no Instagram ocorreu neste domingo (13 de julho).

Em vídeo, Zema mencionou os debates recentes sobre o tema e cita as melhorias que sua gestão tem implementado nas escolas estaduais de Minas. O governador convida os seguidores a comentarem se são a favor ou não do modelo cívico-militar nas instituições de ensino.

“Quero ouvir a sua opinião. E lembro que a escola cívico-militar será uma opção. Nós vamos manter os dois modelos e os pais que quiserem matricular o aluno em uma das opções, poderão fazer a escolha”, diz o chefe do Executivo.

Na consulta da SEE junto às comunidades escolares, foram selecionadas 728 instituições de ensino para opinarem. Elas deverão manifestar interesse até o dia 18 de julho. Atualmente, nove escolas da rede estadual fazem parte do programa.

Cada escola terá, em média, um militar para cada 150 estudantes. A quantidade poderá ser ajustada conforme especificidades e condições de cada unidade de ensino.

“Os pais ou responsáveis não precisam transferir seus filhos para outra unidade escolar. Caso a escola passe a operar no modelo cívico-militar, a família poderá solicitar que o estudante não participe das ações específicas do programa, como atividades cívico-disciplinares coordenadas pelos militares. Essa solicitação será respeitada, sem prejuízo ao direito à educação nem à permanência do estudante na escola”, informou a pasta de Educação.

Em Belo Horizonte, a Escola Estadual Governador Milton Campos, conhecida como Estadual Central, já rejeitou a adesão ao programa com 84% dos votos da comunidade acadêmica. Por outro lado, a Escola Estadual Emília Cerdeira, no bairro Betânia, na região Oeste, aprovou a medida com 64,3% dos votos.