O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), amenizou as falas do pastor Silas Malafaia durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo, que criticou aqueles que tentam viabilizar candidatura como alternativa ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (8/9), após inauguração de uma nova Unidade de Atendimento Integrado (UAI) em Nova Lima, o chefe do Executivo mineiro afirmou que Malafaia teria se retratado, e que a situação não iria interferir em sua pré-candidatura para 2026.
Durante ato na Paulista neste domingo (7/9), Zema não discursou e escutou críticas veladas do pastor Silas Malafaia a nomes que tentam viabilizar uma candidatura à presidência como opção a Bolsonaro. “Nenhum filho de Bolsonaro nem ninguém da direita tem que dizer ‘se Bolsonaro não for candidato, estou aqui’. Isso é imaturidade política. (...) Que papo é esse de vim aqui dizer que A, B ou C é candidato da direita? Calem a boca!”, disparou Malafaia.
Ao ser questionado nesta segunda-feira sobre as falas do pastor, o governador de Minas colocou “panos quentes” na situação.
“O pastor Malafaia havia criticado os governadores, depois ele até se retratou, especificamente referente ao meu caso, que eu acho que ele não estava acompanhando o que eu tenho sempre dito. E o que eu tenho sempre dito é que está havendo, sim, uma perseguição política no Brasil. Nós temos hoje um governo federal que está muito mais focado em perseguir seus inimigos políticos do que propriamente em ter um plano de longo prazo. E isso está muito nítido no Supremo”, diz Zema.
O governador ainda complementou que é favorável à anistia do ex-presidente Bolsonaro e dos réus da tentativa de golpe de 8 de janeiro. Conforme Zema, sua participação na manifestação na Paulista ocorreu para demonstrar apoio a essas pautas.
O chefe do Executivo mineiro ainda complementou que o ocorrido não traria mudanças em relação a sua pré-candidatura à presidência. Conforme Zema, há outros nomes da direita que pretendem concorrer. Apesar disso, o governador garante que, no segundo turno, deve ocorrer uma aliança em prol do candidato que avançar.
“Nós temos uma safra de governadores muito boa. Esses governadores terão a votação nos seus respectivos estados muito superior se fosse um outro candidato, e terão condição, no segundo turno, de transferir boa parte desses votos que tiveram para aquele que for”, afirma. “Então, estarei até o final da campanha e estou muito confortável no meu partido.”