O senador Rodrigo Pacheco (PSD) criticou os pedidos de anistia aos acusados de envolvimento nos atos de 8/1 de 2023 durante evento em Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, para anúncios do governo federal na área da educação para indígenas e quilombolas. Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que defende o nome de Pacheco como candidato ao governo de Minas Gerais em 2026, o senador considerou os atos como “traição à democracia”. O senador ainda citou o chefe do Executivo federal como alternativa à defesa da soberania brasileira, em meio às discussões envolvendo as tarifas impostas ao país pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Depois de tudo que aconteceu, com o plano de golpe de Estado, com minuta de golpe de Estado, com depredação de patrimônio público, com esse conceito anti-democrático, pretendem anistia ampla, geral e irrestrita, como se o 8/1 tivesse sido um passeio no parque. As instituições desse país funcionam, as instituições desse país reagem”, disparou o senador.
Pacheco também defendeu o Poder Judiciário brasileiro, citando diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF), que vem sendo criticado pelas medidas restritivas impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo ministro Alexandre de Moraes. Conforme Pacheco, Lula seria o principal defensor da soberania no Brasil.
“Nunca o Brasil precisou tanto do senhor como hoje para garantir a soberania nacional do Brasil. Democracia e soberania, à prova, sob risco, que precisa da resistência a partir de um homem que reúne experiência, sabedoria, respeitabilidade e que é capaz de estabelecer diálogo necessário para que tenhamos nossa soberania ressalvadas. O Brasil é dos brasileiros”, disse Pacheco.
Ainda durante sua fala, o senador relembrou as eleições de 2022, quando era presidente do Congresso Nacional, dizendo que tinha o compromisso de dar posse a quem quer que fosse eleito. Na época, Lula disputou o segundo turno com Bolsonaro.
“Eu tenho na minha biografia erros e acertos. Mas não está no rol dos meus erros ter traído a democracia deste país”, reforçou.