Os sindicatos dos trabalhadores ligados à Cemig e a Copasa realizam, nesta quarta-feira (30 de julho), uma aula pública sobre os riscos de eventual privatização das estatais mineiras. O evento será realizado na Praça Sete, em Belo Horizonte, a partir de meio-dia, e faz parte do seminário que os movimentos realizam contra a desestatização das empresas.
A expectativa é que a atividade reúna movimentos sociais, sindicatos, professores, estudantes, trabalhadores das estatais Cemig e Copasa, lideranças políticas e artistas populares para dialogar com a população. O tema da aula pública será “Por que a Cemig e a Copasa devem continuar sendo empresas públicas?”
“Será uma aula muito interessante, com formato didático, cultural, poético e político, para sensibilizar e informar a população sobre a gravidade da situação, como a urgência do governador Zema de retirar nosso direito à participação neste tema, e as consequências danosas das privatizações dos setores de água e energia”, diz o coordenador geral do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG), Emerson Andrada.
Além dos projetos de privatização da Cemig e da Copasa dentro das propostas para adesão de Minas ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados com a União (Propag), os sindicatos questionam também a proposta de Emenda à Constituição (PEC) para pôr fim ao referendo popular exigido para privatização de estatais. O texto tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Durante a aula pública, serão abordadas temáticas como o direito humano à água e à energia, o papel das tarifas sociais, o impacto da privatização nos investimentos nos bairros das periferias e cidades do interior e a importância do planejamento público para o desenvolvimento econômico e social do Estado.
Além do Sindieletro, o seminário é realizado também pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos (Sindágua-MG) e do Sindicato dos Engenheiros (Senge).