A oposição ao Palácio Tiradentes na Assembleia Legislativa não compareceu à reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) que acontece na manhã desta quarta-feira (13/8) na Casa com a presença do vice-governador, Mateus Simões (Novo). O motivo é discutir a adesão do estado ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), do governo federal. O passivo do estado com o governo federal é de R$ 165 bilhões.

O Propag reduz o custo dos estados com o pagamento do passivo. A reunião na Assembleia faz parte das atividades de monitoramento, pelo Parlamento mineiro, da renegociação da dívida do Estado com a União, dentro do Tema em Foco, que faz parte do programa Assembleia Fiscaliza no biênio 2025-2026. Apenas parlamentares da base, como o líder do governo, João Magalhães (MDB), Gustavo Valadares (PMN), ex-secretário de Estado de Governo.

Em nota, o bloco de oposição Democracia e Luta afirma que a reunião serviria para "palanque" para Simões. "É notória a repetição de uma padrão adotado pelo vice-governador, que utiliza espaços institucionais para manipular informações e atacar aqueles que estão trabalhando para solucionar um problema que (o governador) Romeu Zema (Novo) aprofundou".

A ida do vice à Assembleia ocorre na reta final para que a Assembleia decida sobre a federalização de empresas mineiras, a entrega de imóveis do estado à União, além de eventual retirada da necessidade de referendo para privatizar as companhias. A data-limite para os governos aderirem ao Propag é 31 de dezembro.

Assembleia já aprovou o texto-base de adesão, em maio. Outros projetos, como a federalização da Codemig e da Codemge, também receberam o aval do Legislativo. Outros ainda seguem em “banho-maria”, como a retirada de exigência de referendo para desestatização.