Pressionado por comparar a população de rua com carros estacionados em local proibido e defender uma lei para garantir a remoção compulsória dessas pessoas, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), manteve sua posição. Ele ainda foi além ao dizer que as cidades estão virando chiqueiros humanos.
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (25/8), Zema destacou que, em sua avaliação, não seria possível esperar outra forma de conversa com essa população. “A grande maioria dessas pessoas é dependente química, perdeu a noção da realidade. Vivem em condições deploráveis de higiene e segurança. Quando são convidadas a ir para uma comunidade terapêutica, que é a solução, apenas uma minoria aceita”, disse.
Ele ainda reforçou sua ideia inicial, de “rebocar” a população de rua e comparou o ambiente que está sendo criado nas grandes cidades brasileiras com “chiqueiros” humanos. Segundo o governador, muitos moradores em situação de rua rejeitam a assistência de comunidades terapêuticas porque precisam seguir regras, como respeitar horário para dormir, tomar banho diariamente e cumprir rotinas.
“Precisamos de uma solução central para esse problema. O governo federal fechou os olhos. Estamos criando verdadeiros chiqueiros humanos nas grandes cidades do Brasil, por omissão do setor público”, afirmou.