O ministro dos Transportes, Renan Filho, fez questão de comentar uma postagem do governador Romeu Zema (Novo) para lembrar ao mineiro que as dívidas do estado cresceram durante os seus dois mandatos à frente da administração estadual. “O maior aumento do endividamento de Minas Gerais ocorreu no seu governo”, destacou o ministro, nesta segunda-feira (4/8), como resposta à postagem de Zema no "X", antigo twitter.

Na publicação original, o governador de Minas disse não ter aumentado "nenhum centavo" na dívida de Minas. “Hoje pagamos mais uma parcela de R$ 429,5 milhões da dívida de Minas com a União. Desde 2019, já foram mais de R$ 11 bilhões quitados do rombo criado há 30 anos. Não contraímos um centavo a mais, porém seguimos pagando pela irresponsabilidade de quem colocou Minas no vermelho”, disse.

Renan Filho veio logo em seguida com um comentário lembrando que o governo Zema foi beneficiado com uma decisão da justiça que desobrigava o pagamento de parcelas da dívida e que isso fez aumentar o valor total que Minas deve ao governo federal. 

“Por anos o pagamento da dívida mineira foi suspenso por liminar no Supremo Tribunal Federal. O que isso gerou? O saldo devedor disparou! Esse tipo de postagem visa apenas enganar as pessoas, já que os dados desmentem o que você escreve. Para informar corretamente, mostre como você recebeu o endividamento de Minas Gerais em percentual da Receita Corrente Líquida do estado e como está agora. Desculpe o comentário, mas é difícil ler algo tão falso e deixar pra lá”, argumentou o ministro. 

Conforme dados do governo estadual, a dívida de Minas cresceu cerca de 45% desde que Zema assumiu o governo em 2019, passando de R$ 114 bilhões para os R$ 162,9 bilhões calculados atualmente. O governo projeta que a dívida com a União pode chegar a R$ 180 bilhões e aposta na adesão ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag), proposta de refinanciamento do governo federal, para viabilizar o reequilíbrio das contas de Minas.