O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cumpriu agenda extensa nesta quinta-feira (7/8), em Brasília. Ele se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar e depois participou de encontro com governadores de direita na residência do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). No final, o paulista afirmou que uma das soluções para a crise comercial com os Estados Unidos é permitir que o Congresso vote o projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

“A gente entende que os poderes têm papéis na mitigação da crise (tarifas dos EUA). A gente não pode ter um poder se sobrepondo ao outro. Os poderes têm que contribuir para desescalar a crise. A gente precisa respeitar as funções típicas de cada poder, como por exemplo a função típica do parlamento. O parlamento tem que ter autonomia e liberdade para legislar sem pressão”, afirmou, incluindo a lei da anistia entre os projetos a serem votados.

Ele também cobrou que o governo Lula (PT) divulgue quais ações serão adotadas para fortalecer as empresas de setores atingidos pelo tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Mas acabou assumindo um tom mais brando do que outros chefes de executivos estaduais que estiveram na reunião.

Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, seguiu uma linha de críticas mais forte ao governo federal. “(Lula) diz que não tem nada a falar com o presidente dos Estados Unidos”. “Isso é algo que mostra a total insensatez de um presidente que, ao invés de se preocupar com a economia do país, com o emprego, com as empresas e investimentos internacionais, quer é antecipar o processo eleitoral. É isso que nos causa indignação”, afirmou o governador goiano.

Mesma linha seguida pelo governador mineiro, Romeu Zema (Novo), que vinculou o tarifaço com ações de retaliação do governo dos Estados Unidos.