O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), se encontrou com políticos e empresários, nesta terça-feira (2/9), em Belo Horizonte, durante a edição de setembro do Conexão Empresarial e fez um discurso com tom de campanha eleitoral.  Pré-candidato à Presidência da República, ele se empenhou em convencer a plateia a esvaziar a eventual candidatura de Lula (PT) à reeleição e a fortalecer alternativas de direita. Para ele, a chance que o petista tem “é ganhar no primeiro turno”.

“Vocês tem que entender a vida como ela. E não a vida como se imagina que ela possa ser”, destacou Caiado. “Não existe esse candidato nacional ungido, que unifica todos. Então é preciso uma frente. Se tivermos um candidato único agora, ele vai passar 14 meses apanhando da máquina do governo. Segundo turno são apenas 21 dias e todos os candidatos de oposição ao Lula irão juntos”, argumentou.

Médico de formação, Caiado lembrou de sua história em Minas Gerais, dos período em que estudou no colégio Estadual Central, antes de cursar medicina no Rio de Janeiro. E foi usando uma metáfora médica, que ele apresentou seu plano de governo aos empresários. 

“Quando recebo um paciente politraumatizado eu não posso tratar tudo ao mesmo tempo. É preciso escolher”, disse.

Na avaliação do pré-candidato do União Brasil à presidência do país, a eleição do próximo ano será definitiva. Ele associou os governos do PT de Lula com o crescimento do poder das facções e defendeu que mudar o governo é mudar esse aspecto na economia do país, atualmente sob ataque do crime organizado, de acordo com Caiado.

Em seu governo no Goiás ele explicou que a escolha foi a segurança pública e defendeu que este é um caminho. Na avaliação de Caiado, de toda forma, o mais urgente é garantir a retomada do comando do país por um governo que defenda a livre concorrência e a visão empresarial da gestão pública.

“O presidente vai fazer o vale gás, depois o vale moto, depois o vale sei lá o quê e assim acham que vão conseguindo governar”, alertou. “Eu já vi situações em que ele (Lula) estava desgastado e ele conseguiu se reeleger e ainda eleger a Dilma duas vezes. Nós sabemos hoje que os grandes articuladores do PT retornaram, sob comando do Zé Dirceu, e estão reorganizando a máquina e diminuíram o desgaste dele”, avaliou.

Ele defendeu ainda o reequilíbrio fiscal como forma de arcar investimentos para o poder público. 

Na plateia, além de empresários, compareceram ao Conexão Empresarial alguns políticos, como o ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), e deputados vinculados com a defesa do agronegócio como, Gustavo Santana (PL). O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, que também é filiado ao União Brasil, não participou dk almoço. Já o prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez (Cidadania), marcou presença.