Com o novo diretório estadual tomando posse nesta sexta-feira (5/9), o PT em Minas Gerais pretende ter como foco construir um “palanque” para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, de acordo com a nova presidente da legenda no estado, a deputada estadual Leninha. A projeção foi feita durante entrevista coletiva nesta sexta na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com a presença do presidente nacional do PT, Edinho Silva, que cumpre agenda em Belo Horizonte.

O presidente Lula vem defendendo o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD) como futuro candidato ao governo de Minas em 2026. O parlamentar, inclusive, tem acompanhado o chefe do Executivo federal nas agendas do estado, sendo que a mais recente ocorreu nessa quinta-feira (4/9), em Belo Horizonte, para o lançamento do programa Gás do Povo.

O senador, entretanto, ainda não confirmou publicamente a intenção de se candidatar no próximo pleito. Apesar de não haver uma definição, Leninha diz que o objetivo é formar uma aliança, inclusive com outros partidos, para trabalhar na reeleição do presidente Lula. A atual líder do PT em Minas lembra que o estado é estratégico para o pleito, considerando o histórico de que o candidato que vence em Minas, vence no Brasil.

“O nome do Pacheco é um nome colocado. Nós temos acompanhado durante os últimos meses a vinda do presidente Lula a Minas e outros setores indicando o Pacheco como possível nome. E é claro que o PT, internamente, vai fazer discussão sobre composição majoritária, ampliação das chapas, mas o mais importante é constituir um palanque em Minas Gerais que garanta uma larga vantagem na reeleição do presidente Lula”, enfatiza a deputada estadual.

Questionada sobre prazos e sobre um plano B, caso Pacheco decida não se candidatar em 2026, Leninha cita outros nomes da sigla como opções para concorrer ao pleito, como o deputado federal Reginaldo Lopes e a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, que estavam presentes no encontro com Edinho nesta sexta, assim como a prefeita de Contagem, Marília Campos.

“Esperamos virar o ano sabendo para onde nós vamos, se o PT vai compor a chapa majoritária com o Pacheco ou com outro nome que não seja do PT, se o PT vai ter chapa própria de governador, de senador, enfim. O que queremos também é antecipar para que a gente possa iniciar o ano sabendo a estratégia política que o PT de Minas vai adotar para ajudar na reeleição do presidente Lula também”, reforça.

O presidente nacional do PT, Edinho Silva, complementou que Pacheco está em constante diálogo com Lula para “juntar esforços” por Minas. Para ele, a composição a ser feita em 2026 também levará em conta atuais problemas do estado.

“Eu não tenho nenhuma dúvida que essa junção de esforços vai fazer com que a gente tenha uma saída sustentável para Minas Gerais. Uma saída pensando no médio e no longo prazo, pensando, inclusive, nas futuras gerações de mineiras e mineiros que nós teremos pela frente. E elas não podem herdar um Estado endividado, um Estado sem condições de investimento, um Estado fragilizado. Minas é maior que tudo isso”, diz Edinho.