Café com Política

'A privatização da Cemig será algo positivo para o mineiro', afirma Zema

Em entrevista à rádio Super 91,7 FM, o governador de Minas disse que a estatal 'se transformou numa empresa que atrapalha o desenvolvimento'

Por Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2019 | 13:02
 
 
 
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O governador Romeu Zema (Novo) disse, durante participação no programa Café com Política da rádio Super 91,7 FM, nesta quinta-feira (13), que a privatização da Cemig, que está na pauta de sua gestão, trará desenvolvimento para o Estado e benefícios para a população mineira.

"Hoje, em Minas Gerais, muitas indústrias, muitas empresas, muitos loteamentos imobiliários não são realizados devido à falta de energia elétrica. A Cemig se transformou numa empresa que atrapalha o desenvolvimento", observou.

"Como o Estado não tem recursos, lembrando ainda que o Estado é um mau gestor e a Cemig chegou nessa situação devido a gestões que foram implementadas lá por grupos de interesse, eu vejo que a privatização vai ser algo extremamente positivo para o mineiro", ponderou o governante. 

A venda da estatal faz parte do programa de recuperação fiscal do Estado junto à Secretaria do Tesouro Nacional, que exige em contrapartida que o governo estadual se desfaça de alguns ativos. "A lei não é clara se é para privatizar tudo ou privatizar parte, mas é necessário fazer alguma coisa", observou Zema.

O governador reforçou que falta recursos para se investir na estatal. "Quando uma empresa tem um potencial de crescer, você precisa de recursos. O Estado tem condições de colocar lá dentro quatro, cinco, oito bilhões para a Cemig investir? Não tem. O Estado está quebrado", afirmou.

"Nos últimos anos, ele (o Estado) até sangrou a Cemig indevidamente e tirou totalmente a capacidade de ela investir", acrescentou.

Segundo Zema, alguns projetos na área estão estagnados por causa da empresa estatal. "No Norte de Minas nós temos uma dezena de projetos de energia fotovoltaica, que não foram implementados, que estão atrasados porque a Cemig não deu previsão de conectá-los ao sistema", disse.

"Olha que situação absurda. Nós temos empresas, pessoas querendo comprar energia, outros querendo gerar e fornecer e no meio a Cemig, que não deixa nem uma coisa nem outra acontecer", afirmou Zema. 

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