Próximo do fim de maio e sem data para o pagamento do salário de abril da maior parte do funcionalismo público, o governo de Minas Gerais tenta definir, ainda nesta semana, um cronograma de pagamento. O secretário geral Mateus Simões, em contato com a reportagem, disse que o Estado não tem dinheiro para pagar todo mundo e que "alguém vai ficar sem receber".

"Ou fazemos um esforço conjunto ou obviamente alguém vai ficar mais sacrificado. Até aqui o sacrifício foi do diferimento, do parcelamento, dos salários dos servidores do Executivo. Só que até aqui a gente conseguiu diferir e pagar dentro do mês. Eu não tenho mais condição de manter esse tipo de pagamento. Então alguém vai ficar sem receber porque é uma questão matemática. Pode ser uma proporção todo mundo? Pode. Pode ser um Poder sozinho? Bom, o governador insistiu, a gente não deveria ter servidores de primeira, segunda e terceira categoria", disse o secretário.

Simões afirmou que o Executivo, atualmente, não tem, " em termos de data", nenhuma projeção para o pagamento do funcionalismo. 

Além da folha salarial, o secretário afirmou que o duodécimo é outro problema na gestão. "O governo já admite que não há dinheiro para fazer os dois pagamentos integrais no mês. Pagar integralmente a folha do Executivo e os duodécimos é impossível por uma questão matemática. Esse dinheiro não existe. (Um ou outro vai ficar para o mês que vem) ou uma parte de ambos. Aí que é a questão da conversa, o que vai ficar para o mês que vem? Vamos conversar. A lógica é que o sacrifício não seja imposto isoladamente a ninguém", explicou.