Lançado pelo governo de Minas com o objetivo de ampliar a cobertura da telefonia móvel e da internet no Estado, levando o acesso a regiões mais remotas, o programa Alô, Minas! vai finalizar 2020 sem que nenhuma empresa tenha se interessado em participar da iniciativa. Diante da desistência, as secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Fazenda (SEF) estão reavaliando o edital e pretendem relançar a licitação até o primeiro semestre do próximo ano.

A informação foi repassada pelo titular da Seplag, Otto Levy Reis, durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (26) na Assembleia Legislativa. De acordo com o gestor, as empresas afirmaram que não poderiam participar em virtude dos impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus e “outros compromissos já assumidos para o ano de 2020”. Ainda segundo o gestor, houve uma solicitação para que o cronograma de desembolso fosse reduzido.

“Ficamos até decepcionados por ter dado vazio na licitação. Estamos reunidos, a Fazenda e o Planejamento, para tentar mudar as condições do edital, de tal forma que no início de 2021 possamos refazer essa licitação”, disse o gestor,  durante a sabatina realizada no âmbito do programa Assembleia Fiscaliza, pontuando que o governo segue dialogando com as operadoras de telefonia.

A ideia é que, quando estiver implantado, o Alô, Minas! chegue a 305 distritos e localidades de todo o Estado. A medida pretende levar telefonia móvel e internet 3G (que é a tecnologia mínima estabelecida no edital) ás regiões mais afastadas. Segundo o governo, cerca de 210 mil pessoas serão beneficiadas pela ação.