O quórum de deputados estaduais da base voltou a assustar o governo Romeu Zema (Novo) nesta quinta-feira (12 de dezembro) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A ausência do número mínimo de parlamentares em plenário quase anulou a votação da indicação de André Luiz dos Anjos para a presidência do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg).

Há mais de um ano na ALMG, a indicação de Luiz dos Anjos para o Ipsemg era o primeiro item na pauta da reunião extraordinária das 10h. Quando foi submetida à votação pela primeira vez, apenas 34 deputados estaduais, 33 favoráveis e um contrário, votaram. O número é insuficiente para validar uma votação, já que o processo precisa de, no mínimo, 39. 

A cinco parlamentares do quórum mínimo, o presidente da ALMG, Tadeu Leite (MDB), o Tadeuzinho, então, tornou sem efeito a votação. Em seguida, o presidente pediu ao 1° secretária da Mesa Diretora, Antonio Carlos Arantes (PL), que fizesse a recomposição de quórum. Após duas chamadas, o número de deputados estaduais saltou de 34 para 50.

Com quórum suficiente, Tadeuzinho deu sequência à sessão e a indicação de Luiz dos Anjos para o Ipsemg foi aprovada. Foram 43 votos favoráveis e um contrário, o do deputado estadual Leleco Pimentel (PT). Se a votação fosse anulada, a indicação do presidente, que está à frente do Ipsemg desde julho de 2023, seria adiada. 

Caso não houvesse quórum, não só a indicação de Luiz dos Anjos, mas, também, propostas como o adiamento do início da cobrança do IPVA de janeiro para fevereiro e a autorização para o Estado fiar um empréstimo de R$ 600 milhões para o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) seriam adiadas.