De coordenador da pré-campanha do candidato a governador, Alexandre Kalil (PSD), a apoiador das agendas do candidato exclusivamente nas regiões que são sua base eleitoral, o ex-deputado estadual Adalclever Lopes (PSD) parece não estar mais tão próximo de seu antigo aliado de prefeitura, embora tenha afirmado ao Aparte que está totalmente empenhado na campanha de Lula e Kalil.

Depois de coordenar a campanha de Kalil à reeleição pela Prefeitura de Belo Horizonte, assumir a Secretaria de Governo logo no início do segundo mandato do então prefeito e ainda ser um dos cotados para assumir a tesouraria do PSD e da campanha ao governo de Minas, Adalclever, agora, se preocupa em rodar o Estado, principalmente na região metropolitana e nas regiões Leste e Sul, para tentar retornar à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Adalclever, que foi deputado estadual pelo MDB por quatro mandatos e ainda presidiu a ALMG por dois biênios (2015 a 2019), ficou sem mandato após disputar o governo de Minas, em 2018, no lugar do ex-prefeito da capital Marcio Lacerda. Na época, o PSB desistiu de lançar Lacerda. Adalclever acabou ficando em quarto lugar, com 2,77% dos votos (o equivalente a 268.683 votos).

Adalclever alegou que, como precisava cuidar da sua campanha a deputado estadual e “não queria gerar ciúmes” nos demais candidatos, deixou a coordenação da campanha de Kalil nas mãos do presidente da ALMG, deputado Agostinho Patrus (PSD). “Ele não é candidato, não gera ciúmes e tem mais tempo para se dedicar à coordenação de campanha de Kalil”, argumentou o ex-secretário.

Embora Adalclever tenha argumentado que, nas regiões de suas bases eleitorais, ele tem acompanhado o candidato Alexandre Kalil, suas redes sociais não refletem isso. Desde 2 de abril, quando ele deixou o cargo de secretário de Governo, e Kalil o de prefeito, não há um post dos dois juntos. E há apenas uma foto sua com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).

Caso seja eleito, Adalclever vai retornar à Assembleia que já presidiu e pode almejar disputar a presidência da Mesa novamente. Claro que a possibilidade passa por quem for ocupar o Palácio Tiradentes e os outros parlamentares eleitos.