O deputado Tiago Mitraud, do Partido Novo, está sendo cogitado internamente para disputar o Senado Federal por Minas Gerais em 2022. Seu nome ganhou força após ter sido escolhido nos últimos dois anos como o melhor deputado no Congresso pelo Ranking dos Políticos, divulgado por uma sociedade civil que avalia dados sobre presenças nas sessões, economia de verbas, processos judiciais e votações nas decisões mais importantes do Legislativo.

Pessoas filiadas ao partido disseram ao Aparte que Mitraud não está interessando em tentar a reeleição à Câmara e que seria “ótimo nome” para a sigla na disputa ao Senado, Casa em que o Novo não possui nenhuma cadeira. A definição do nome, entretanto, esbarra na possibilidade de coligação, já que o partido do governador Romeu Zema quer fazer alianças no próximo pleito e não sabe em quais condições a parceria será firmada.

O parlamentar ressaltou que a decisão é tomada pelo diretório estadual, que “ainda está entendendo o cenário para as eleições majoritárias e, com isso, definindo se o partido terá candidatura própria”. Mitraud não descarta a possibilidade, mas ponderou que precisa mais do que “vontade e convite”, ao lembrar do processo seletivo que existe no Novo. 

Perguntado se teria vontade concorrer ao Senado, Mitraud disse que sim, que seria uma possibilidade diferente e que poderia contribuir de uma forma diferente na Casa Legislativa que, na visão dele, não tem nenhum político liberal. “O Novo precisa ter alguém no Senado, tem outras possibilidades em outros Estados, mas é algo que estaria à disposição, sim”, declarou.

O deputado comentou com correligionários sobre a vontade de não concorrer a uma cadeira na Câmara. Os motivos para essa decisão é de não estar na política para fazer carreira. Mitraud afirmou que o intuito de concorrer em 2018 foi de contribuir para mudança que o país precisava – segundo ele, ainda precisa –, mas considera que, com este mandato, já conseguiu dar uma “contribuição relevante”, que outros nomes que podem sair candidatos dariam continuidade e que, com isso, ele poderia assumir outros papéis, seja candidatando a outra posição ou nos bastidores da legenda. 

O nome do deputado chegou a ser cogitado, inclusive como vice na chapa encabeçada por Zema.

“Da mesma forma que ocorre no Senado, exceto a vaga do Zema, as outras estão em aberto, então é a mesma questão. Obviamente que um convite desse (a ser vice) não se nega, e estou sempre à disposição para entender o melhor papel que posso ter no partido, mas acho que o projeto principal é a reeleição do Zema, aí temos que entender como vai ser essa composição”, concluiu.

Há uma ala no partido que defende a ideia de o secretário geral Mateus Simões tentar uma candidatura de grande porte, mas a ideia parece não prosperar neste momento. O Aparte tentou contato com Simões, que não retornou.