O atual Diretor de Gestão de Ativos e Mercado da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Sérgio Lopes Cabral, deve assumir a presidência da companhia no lugar do economista Thiago Toscano, que estava no comando da estatal desde 2021. A expectativa é que Cabral seja nomeado no próximo mês já que Toscano deve permanecer no posto até 30 de abril. 

Bacharel em Ciências Econômicas e especialista em finanças e gestão empresarial, Cabral já foi Head na área de Fundos de Investimento e Desenvolvimento de Novos Negócios do grupo Houer Concessões e Diretor de Projetos da São Paulo Parcerias. 

Conforme apurou o Aparte, outro diretor da Codemge também teria sido cotado para assumir a presidência da companhia. Além de Sérgio Lopes Cabral, teria sido indicado para o cargo, o diretor de Administração e Finanças, Lincoln Teixeira Genuíno de Farias. 

A definição do novo presidente teria sido acertada neste sábado (20/4) após o aval do governador Romeu Zema (Novo) e de seu vice, Mateus Simões (Novo). O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, já teria, inclusive, ligado para Sérgio Lopes Cabral e informado a validação de seu nome para o posto. 

De saída.
Conforme publicado por O TEMPO, o economista Thiago Toscano deixará a presidência da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). À frente da Codemig há cerca de três anos, Toscano está a caminho da mineradora Itaminas. O então presidente do Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi), foi alçado à presidência da Codemig em maio de 2021 para substituir Fábio Amorim. À época, a troca teria sido pedida pelo então presidente do Conselho de Administração, Paulo Uebel.

Toscano assumiu a Codemig com a missão de privatizá-la, já que o antecessor enfrentava dificuldades. A estrutura societária da estatal é dividida entre o Estado, que tem 49% das ações, e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), que tem os 51% restantes. A privatização da Codemig foi oferecida pelo governo Zema como contrapartida para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Assim como o antecessor, Toscano deixará a companhia sem conseguir privatizá-la. Interlocutores da Codemig minimizam o insucesso de Toscano ao não privatizá-la. Eles lembram que, em dezembro de 2023, o presidente apresentou ao governo Zema um plano para a privatização e, inclusive, a federalização da estatal. O argumento é que o economista entregou ao Palácio Tiradentes o que lhe estava ao alcance, ou seja, o que não dependia de autorização da Assembleia Legislativa (ALMG).

Encaminhada à ALMG ainda em 2019, a proposta de privatização da Codemig está arquivada desde 2023 em função do fim da legislatura. Até hoje, Zema não pediu para desarquivá-la. Levada a banho-maria, a matéria passou, em quatro anos, apenas pela Comissão de Constituição e Justiça, a primeira, que avalia apenas a constitucionalidade e a legalidade dos projetos.

O presidente deixa a Codemig em meio à desistência da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) em assumir a gestão da Sala Minas Gerais e do Espaço Mineraria. Após celebrar um acordo de cooperação técnica com a estatal no último dia 5, a quem os espaços pertencem, a Fiemg voltou atrás nesta semana após o desgaste político com o Instituto Cultural Filarmônica.