Rádio Guaíba

Bolsonaro diz que pode ter pegado Covid-19 e reitera críticas a Moraes

O chefe do Executivo ainda repetiu em entrevista que usa “nomes fantasia em pedidos de exames e receitas de medicamentos para se proteger

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de abril de 2020 | 11:00
 
 
 
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O presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista, na manhã desta quinta-feira (30), à rádio Guaíba, antes de embarcar para o Rio Grande do Sul, em agenda oficial. Na entrevista, Bolsonaro reiterou a cobrança que fez na saída do Palácio da Alvorada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem à diretoria geral da Polícia Federal (PF). Moraes concedeu liminar ao PDT, que apontou possibilidade de interferência de Bolsonaro no órgão, uma vez que Ramagem é próximo da família do presidente.

“Cobrei que o ministro Alexandre de Moraes tome uma posição no tocante ao Ramagem porque ele continua à frente da Abin (Associação Brasileira de Inteligência), que é tão importante quanto a PF”, disse Bolsonaro. Para o presidente, impedir que Ramagem assuma o controle da PF enquanto comanda a Abin é o mesmo que impedir, “por questões pessoais”, que um sargento do Exército ocupe o mesmo posto na Aeronáutica. “Decisão que não engoli, é uma afronta. Não aceito ser refém de decisões monocráticas de quem quer que seja”, completou Bolsonaro.

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Exames
Quanto à decisão da Justiça Federal que o obriga a apresentar os exames que fez para diagnóstico do novo coronavírus em prazo que se encerra hoje, o presidente voltou a afirmar que, caso perca recurso movido pela Advocacia Geral da União (AGU), vai divulgar os documentos.

Na segunda-feira (27), por decisão da juíza Ana Lúcia Petri Betto, o jornal “O Estado de S. Paulo” conseguiu na Justiça o direito de obter os testes de Covid-19 feitos por Bolsonaro. Ao minimizar, mais uma vez, os efeitos da Covid-19 na saúde, o presidente disse: “Eu talvez já tenha pegado esse vírus no passado e nem senti”.

O chefe do Executivo ainda repetiu que usa “nomes fantasia” em pedidos de exames e receitas de medicamentos para se proteger. “Sou uma pessoa conhecida para o bem ou para o mal. Quando fui medicado, coloquei nome fantasia porque na ponta da linha está um ser humano, não se sabe o que pode ser feito se alguém souber que é Jair Bolsonaro”, justificou o presidente.

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