O presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou responder o que fará caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não aceite a sugestão defendida por ele de que haja uma contagem paralela dos votos das urnas eletrônicas pelas Forças Armadas. Ele foi questionado se o Brasil terá eleições caso não tenha as propostas acatadas pela Justiça Eleitoral.
"Nós temos muito tempo pela frente. Eu vou dar golpe em mim mesmo, é isso? Eu vou dar autogolpe?", questionou ao ser perguntado pela imprensa sobre as possíveis ações que pode tomar. Ele também frisou que quer "transparência" no pleito. A resposta foi dada durante visita a um posto de combustível em Brasília (DF).
O mandatário também foi perguntado se irá entregar a faixa presidencial para o sucessor caso o atual sistema seja mantido e ele seja derrotado, mas esquivou da resposta. "Você está louca que eu fale 'não', né? Você está louca. [Para dar] manchete! Pelo amor de Deus", respondeu à jornalista.
Ele defendeu a participação dos militares no processo eleitoral e reafirmou que as Forças Armadas foram convidadas pelo TSE a participarem do processo. A Comissão de Transparência Eleitoral tem a instituição militar como integrante, assim como outras representações.
Crítico do atual sistema eleitoral, ele já indicou que pode não aceitar uma eventual derrota e disse que propõe "uma apuração semelhante à da mega-sena da Caixa Econômica Federal". "É simples, pessoal. Tem gente aqui que desconfia da mega-sena. Hoje em dia, se alguém quiser apresentar uma medida para mim ou para a Dani [Daniella Marque, presidente da Caixa], para dar mais transparência, a gente vai de imediato acolher", disse à imprensa.
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