O presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta quarta-feira (16) o professor Carlos André Bulhões Mendes como reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), causando uma grande repercussão negativa. Isso porque o docente foi apenas o terceiro mais votado na eleição acadêmica.

Conforme o portal Gaúcha Zero Hora, a chapa do futuro reitor, que é professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), foi a menos votada, tanto na consulta acadêmica promovida pela UFRGS quanto na eleição do Conselho Universitário (Consun), que definiu a lista encaminhada ao Ministério da Educação (MEC). O MEC, então, encaminhou os nomes ao presidente.

Não é ilegal o presidente da República nomear os reitores das universidades federais que não obtiveram a maioria dos votos, no entanto, é considerada no mínimo desrespeitosa a escolha.

Em contrapartida, não é a primeira vez que isso acontece. Desde a redemocratização, após a Ditadura Militar, apenas em uma oportunidade o nome mais votado pela universidade não foi aceito: em 1988, durante o governo de José Sarney, quando existia uma lista sêxtupla.

Leia o decreto na íntegra:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

DECRETO DE 15 DE SETEMBRO DE 2020

OPRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,caput, inciso XXV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 16,caput, inciso I, da Lei nº 5.540, de 28 de novembro de 1968, resolve:

NOMEAR,

a partir de 21 de setembro de 2020, CARLOS ANDRÉ BULHÕES MENDES, Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para exercer o cargo de Reitor da referida Universidade, com mandato de quatro anos.

Brasília, 15 de setembro de 2020; 199º da Independência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Milton Ribeiro