Câmara

Comissão ouve testemunhas contra Wellington Magalhães

Gabriel Azevedo e ex-chefe da Polícia Civil Andrea Vacchiano detalharam situações com o vereador

Por Franco Malheiro
Publicado em 01 de outubro de 2019 | 03:00
 
 
 
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A comissão processante que julga o processo de cassação contra o vereador Wellington Magalhães (DC) iniciou ontem as oitivas de testemunhas do caso. Nessa primeira reunião, na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), foram ouvidos o vereador Gabriel Azevedo (sem partido) e a ex-chefe da Polícia Civil de Minas Gerais Andrea Vacchiano.

O advogado do vereador Wellington Magalhães, Sérgio Santos Rodrigues, também participou da sessão e arguiu as testemunhas.

Primeira a ser ouvida, Andrea relembrou em sua fala que, em 2016, abriu inquéritos para investigar denúncias contra o vereador. Ela relatou ter sido chamada para uma reunião com o então secretário de Estado de Governo, Odair Cunha, na qual o parlamentar também estava presente, em que lhe foi pedido que atendesse todas as solicitações feitas pelo político. “Eu recebia pedidos de mudanças de policiais de uma cidade para outra, colocação de policiais no Departamento de Trânsito etc.”, declarou a ex-chefe da corporação.

Ameaças

O vereador Gabriel Azevedo foi o segundo a ser ouvido pela comissão. O parlamentar reiterou as ameaças que diz ter sofrido por membros da equipe do vereador investigado. “O senhor Wellington (da Conceição, assessor de Magalhães) veio até mim, num tom extremamente intimidatório, colocou o dedo no meu nariz e disse: ‘Você sabe com quem está mexendo? Você não tem medo? Você tem certeza de que vai ficar aqui, fazendo isso que você está fazendo? Toma cuidado!’”, contou o parlamentar. 

Ainda durante o encontro, foram aprovados quatro requerimentos. Um deles solicita que seja incluída a oitiva da delegada de Polícia Civil Rafaella Gigliotti nos trabalhos da comissão. Além disso, foram aprovadas, para o dia 15 de outubro, as oitivas do vereador Henrique Braga (PSDB) e do advogado Mariel Marra. A próxima pessoa a ser ouvida será Guilherme Ribeiro dos Santos, na sexta-feira. Santos é acusado de também ter ameaçado Gabriel Azevedo. 

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