BRASÍLIA — O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), rejeitou a hipótese de concorrer à presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) na eleição interna da sigla em 2025 e indicou que apoiará a candidatura de Edinho Silva (PT-SP), prefeito de Araraquara e nome favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo. 

“Agradeço a lembrança do meu nome para disputar a presidência do meu partido, e me sentiria honrado em presidi-lo. Mas há nomes colocados de pessoas muito preparadas para assumir este importante cargo”, declarou o líder. “Destaco o nome de Edinho Silva, por quem eu tenho um grande apreço”, completou. 

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) ocupa a presidência do PT há sete anos, e seu segundo e último mandato acaba em oito meses. A petista manifestou para aliados o interesse em apoiar a candidatura do deputado federal José Guimarães (PT-CE), hoje líder do governo na Câmara dos Deputados. Ele rivalizaria com Edinho, querido por Lula e pelo núcleo que mantém relações mais estreitas com o presidente da República. 

A indicação de apoio por parte do líder Jaques Wagner é também uma posição contrária a José Guimarães, com quem ele lida com frequência. A equipe de articulação política do Planalto se reúne com regularidade para discutir as pautas relevantes e as negociações com bancadas no Congresso Nacional. Wagner e Guimarães compõem esse núcleo; além deles, também o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.