BRASÍLIA - Os filhos de Jair Bolsonaro (PL), vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticaram publicamente "governadores" que "se comportam como ratos" e querem herdar o capital político do pai. 

As declarações foram feitas depois do lançamento da pré-candidatura do governador Romeu Zema (Novo) à presidência da República, que aconteceu nesse sábado (16/8) em São Paulo, e as críticas têm endereço certo: o próprio Zema, além dos também governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro; e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás.

Carlos Bolsonaro, aliás, se dirige explicitamente a um dos motes da pré-campanha de Romeu Zema. No ato desse sábado, o mineiro adotou um tom antipetista e prometeu que, em Brasília, "varreria o PT". Carlos rebateu. 

"Todos vocês se comportam como ratos, sacrificam o povo pelo poder e não são em nada diferentes dos petistas que dizem combater. Limitam-se a gritar 'fora, PT', mas não entregam liderança, não representam o coração do povo. Querem apenas herdar o espólio de Bolsonaro, se encostando nele de forma vergonhosa e patética", publicou o vereador no X.

Ele também disse que os governadores "direitistas" "estão preocupados apenas com seus projetos pessoais e com o que o mercado manda". "É pueril, desumano e de uma falta de caráter indescritível. Não há como não sentir indignação diante desses sujeitos", conclui Carlos.

As críticas de aliados de Bolsonaro aos governadores que têm investido em suas pré-candidaturas à presidência da República ou que, como Tarcísio, surgem como favoritos para substituir o ex-presidente na corrida eleitoral, são recorrentes. O advogado Fabio Wajngarten, porta-voz informal de Bolsonaro, também criticou o ato de Romeu Zema. Ele lembrou que o ex-deputado Tiago Mitraud (Novo), que discursou no lançamento da pré-candidatura do governador de Minas à presidência, já se posicionou contra Bolsonaro.