BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) fez, na manhã desta quinta-feira (19), uma operação de busca e apreensão contra assessores dos deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Tocantins e no Distrito Federal, em endereços ligados aos integrantes das equipes dos parlamentares.
A suspeita é sobre um suposto esquema de uso de dinheiro da cota parlamentar para a realização de pagamentos irregulares. A cota é uma verba liberada pela Câmara para que deputados financiem suas atividades legislativas, como combustível e aluguel de carros, mas há regras para o uso dela.
De acordo com a PF, o esquema criminoso consistia em um acordo ilícito entre agentes públicos (que seriam as equipes dos deputados) e empresários de locadoras de veículos. Agentes apontaram que os investigados simulavam contratos de prestação de serviços e, assim, desviavam recursos públicos da cota.
A operação foi chamada de "Rent a Car", que na tradução literal para o português significa "alugar um carro". São investigados os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Posicionamentos
O deputado Sóstenes Cavalcante reagiu com surpresa à operação da PF. Ele declarou que não há provas contra seus assessores. “Fui informado sobre a operação envolvendo meus assessores pela imprensa. PODEM REVIRAR TUDO, NÃO IRÃO ACHAR NADA!”, publicou no X.
Carlos Jordy, por sua vez, afirmou ser alvo de “perseguição” e “abuso de autoridade”. Ele negou as suspeitas de desvio de cota parlamentar e reclamou que, segundo ele, ações semelhantes, que chamou de “perseguições”, "só acontecem com deputados de direita, de oposição”.