BRASÍLIA - A oposição ressuscitou um site criado há praticamente um ano para pressionar o presidente do Congresso Nacional, antes Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e agora Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a abrir um processo de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O desejo desses parlamentares de retirá-lo do cargo é antigo, e há mais de trinta pedidos de impeachment do ministro protocolados no sistema do Senado Federal.
O site em questão é o "Votos Senadores" e revela as posições de políticos sobre a possibilidade de abertura do impeachment. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) é um dos principais divulgadores da plataforma, e, até sexta-feira (1º/8) à tarde, 53 senadores se manifestaram sobre o tema. O placar revela que 34 se dizem favoráveis ao impeachment, enquanto 19 são contrários e outros 28 não se manifestaram.
O site também detalha como cada senador se manifestou, quando encerra o mandato dele e a qual partido ele é filiado. O senador Alan Rick (União Brasil-AC), por exemplo, é favorável à retirada do cargo de Alexandre de Moraes. Angelo Coronel (PSD-BA) aparece como "indefinido", e Ana Paula Lobato (PDT-MA) é contrária à abertura do procedimento.
O impeachment do ministro Alexandre de Moraes é a grande pauta da oposição no Senado neste segundo semestre, mas, a avaliação nos bastidores é que o tema não irá prosperar e também não haverá apoio do presidente Davi Alcolumbre.
A Constituição brasileira não prevê a possibilidade de impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal. A oposição recorre, entretanto, à possibilidade de abrir um julgamento contra ministros no Senado por crimes de responsabilidade. Essa previsão consta na Lei do Impeachment e permite que ministros do STF e o procurador-geral da República sejam julgados por esse tipo de crime. As punições podem levar até à perda do cargo.
Cabe ao Senado avaliar essas denúncias contra ministros, mas, o andamento do processo depende de um despacho do próprio presidente do Congresso, que decide encaminhá-lo ou não à advocacia do Senado. O julgamento pode, ainda, seguir o rito de impeachment previsto para o presidente da República.
Quem são os senadores favoráveis ao impeachment de Alexandre de Moraes, segundo o site?
- Alan Rick (União Brasil-AC);
- Alessandro Vieira (MDB-SE);
- Astronauta Marcos Pontes (PL-SP);
- Carlos Portinho (PL-RJ);
- Carlos Viana (Podemos-MG);
- Cleitinho (Republicanos-MG);
- Damares Alves (Republicanos-DF);
- Eduardo Girão (Novo-CE);
- Eduardo Gomes (PL-TO);
- Esperidião Amin (PP-SC);
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS);
- Izalci Lucas (PL-DF);
- Jaime Bagattoli (PL-RO);
- Jorge Kajuru (PSB-GO);
- Jorge Seif (PL-SC);
- Lucas Barreto (PSD-AP);
- Luis Carlos Heinze (PP-RS);
- Magno Malta (PL-ES);
- Marcio Bittar (União Brasil-AC);
- Marcos Rogério (PL-RO);
- Marcos do Val (Podemos-ES);
- Nelsinho Trad (PSD-MS);
- Oriovisto Guimarães (Podemos-PR);
- Plínio Valério (PSDB-AM);
- Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO);
- Rogério Marinho (PL-RN);
- Sergio Moro (União Brasil-PR);
- Styvenson Valentim (Podemos-RN);
- Tereza Cristina (PP-MS);
- Vanderlan Cardoso (PSD-GO);
- Wellington Fagundes (PL-MT);
- Wilder Morais (PL-GO);
- Zequinha Marinho (Podemos-PA).
Quem são os senadores que votariam contra o impeachment do ministro?
- Ana Paula Lobato (PDT-MA);
- Augusta Brito (PT-CE);
- Beto Faro (PT-PA);
- Chico Rodrigues (PSB-RR);
- Cid Gomes (PSB-CE);
- Fabiano Contarato (PT-ES);
- Fernando Farias (MDB-AL);
- Humberto Costa (PT-PE);
- Irajá (PSD-TO);
- Jaques Wagner (PT-BA);
- Leila Barros (PDT-DF);
- Omar Aziz (PSD-AM);
- Otto Alencar (PSD-BA);
- Paulo Paim (PT-RS);
- Randolfe Rodrigues (PT-AP);
- Rodrigo Pacheco (PSD-MG);
- Rogério Carvalho (PT-SE);
- Teresa Leitão (PT-PE);
- Weverton (PDT-MA).
Quais senadores ainda não se manifestaram na plataforma?
- Angelo Coronel (PSD-BA);
- Ciro Nogueira (PP-PI);
- Confúcio Moura (MDB-RO);
- Daniella Ribeiro (PSD-PB);
- Davi Alcolumbre (União Brasil-AP);
- Dr. Hiran (PP-RR);
- Eudócia Caldas (PL-AL);
- Eduardo Braga (MDB-AM);
- Efraim Filho (União Brasil-PB);
- Eliziane Gama (PSD-MA);
- Fernando Dueire (MDB-PE);
- Flávio Arns (PSB-PR);
- Giordano (MDB-SP);
- Ivete da Silveira (MDB-SC);
- Jader Barbalho (MDB-PA);
- Jayme Campos (União Brasil-MT);
- Jussara Lima (PSD-PI);
- Laércio Oliveira (PP-SE);
- Mara Gabrilli (PSD-SP);
- Marcelo Castro (MDB-PI);
- Margareth Buzetti (PSD-MT);
- Mecias de Jesus (Republicanos-RR);
- Renan Calheiros (MDB-AL);
- Romário (PL-RJ);
- Soraya Thronicke (Podemos-MS);
- Sérgio Petecão (PSD-AC);
- Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB);
- Zenaide Maia (PSD-RN);