BRASÍLIA - Advogados de Jair Bolsonaro (PL) pediram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) visitar o ex-presidente em prisão domiciliar em Brasília. O pedido foi feito à Corte na noite de terça-feira (19/8).

Também naquela noite, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), costurou um acordo com parlamentares da direita.

A ideia era colocar o senador Carlos Viana (Podemos-MG) na presidência da CPMI do INSS, e Alfredo Gaspar como relator. A comissão pretende investigar fraudes nos benefícios pagos a aposentados e pensionistas. 

O acordo deu certo, e impôs derrotas aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Eles indicaram Omar Aziz (PSD-AM) para presidir a CPI mista e o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) como relator. Em votação, os membros da comissão não confirmaram as indicações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também saiu derrotado porque as indicações de Alcolumbre e Motta poderiam contribuir para blindar o governo.

Os nomes de Viana e Gaspar para enfrentar Aziz e Ayres foram decididos na noite de terça-feira. Interlocutores relataram que as conversas avançaram em um jantar entre Sóstenes e Viana às 21h40 de terça-feira. O pedido de visita de Alfredo Gaspar foi feito vinte minutos depois.

Além dessa solicitação, os advogados de Bolsonaro também pedem permissão de visita para outros seis parlamentares e uma blogueira. Entre os nomes estão o do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o do líder do Novo na Câmara, Marcel Van Hattem (RS).