Investigação

CPI da Covid deve votar relatório final em 20 de outubro

Calendário divulgado pelo senador Omar Aziz prevê a apresentação do documento no dia anterior. Prazo só será alterado 'se houver fato grave e novo', afirmou

Por Lucyenne Landim
Publicado em 30 de setembro de 2021 | 10:51
 
 
 
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O senador Omar Aziz (PSD-AM) informou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a condução da pandemia de Covid-19 pelo governo federal deve votar o relatório final no dia 20 de outubro.

Ele, que é presidente da CPI, informou o calendário no início da sessão desta quinta-feira (30), destinada a interrogar o vice-presidente do Instituto Força Brasil, Otávio Fakhoury, suspeito de financiar notícias falsas a respeito do tema.

A intenção de Aziz é que o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), conclua o documento entre 15 e 16 de outubro e o apresente aos senadores no dia 19. Dessa forma, será possível fazer a votação no dia seguinte caso algum parlamentar não peça vista – prazo a mais para analisar o parecer.

O presidente da CPI afirmou que esse cronograma só não será cumprido “se houver um fato muito grave e relevante, do ponto de vista novo, não do ponto de vista daquilo que a gente vem tratando”.

Renan Calheiros também contou que está com o relatório praticamente pronto. Oficialmente, a CPI pode funcionar até o dia 5 de novembro, mas os senadores não desejam levar o trabalho até o último dia. 

CPI entra na última semana de depoimentos

Na próxima semana, a comissão deve se debruçar sobre os últimos interrogatórios, mas o martelo sobre os nomes ainda não foi batido. Essa decisão será informada ainda nesta quinta-feira.

Por enquanto, a previsão é que na terça-feira (5) seja ouvido um dos donos da VTCLog, Carlos Alberto Sá. A empresa é suspeita de pagar propina a políticos e servidores ligados ao Ministério da Saúde.

Na quarta (6), a CPI pretende ouvir um médico do grupo que fez denúncias de irregularidades da operadora de Saúde Prevent Senior no tratamento de pacientes com Covid-19. A empresa teria coagido médicos a receitarem medicamentos sem eficácia comprovada para a doença e orientado os profissionais a não avisarem os riscos aos pacientes e famílias.

Na quinta (7), é considerado para depor o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello. Os senadores querem saber o motivo da agência, responsável por regular o mercado dos planos privados, não ter agido contra omissões de empresas como a Prevent Senior.

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