INVESTIGAÇÃO

Incêndio em casas do presidente do União Brasil foi criminoso, conclui perícia

Ainda não é possível apontar possíveis culpados ou mandantes pelo incidente, diz a polícia

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 05 de abril de 2024 | 17:49
 
 
 
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A perícia da Polícia Civil de Pernambuco concluiu que o incêndio em casas de veraneio do presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, ocorrido em Pernambuco no dia 11 de março, foi provocado e teve intenções criminosas.

No entanto, segundo os peritos, ainda não é possível apontar eventuais responsáveis pelo episódio, já que não foi identificado nenhum material genético no interior do local. Novas testemunhas ainda serão intimadas para prestar depoimento.

Os peritos também apontam sinais de arrombamento na porta dos fundos da residência de Rueda, evidenciando que o local foi invadido por criminosos. Porém, a casa não possui câmeras internas de segurança, impossibilitando a identificação dos invasores.

Por outro lado, a perícia teve acesso a câmeras de segurança de uma marina usada para guardar embarcações, próxima da residência. Porém, não havia imagens do dia dos incêndios, ponto que levantou suspeitas dos investigadores.

O incidente aconteceu em meio à disputa pelo comando do União Brasil, na qual Rueda foi eleito o novo presidente do partido contra o agora ex-mandatário e deputado federal Luciano Bivar (PE). Os caciques do União Brasil tratam o episódio como crime político e apontam Bivar como principal suspeito. O parlamentar ainda pode ser expulso da sigla.

A defesa de Rueda também pediu que o deputado seja investigado por suposto envolvimento no episódio. Luciano Bivar nega ter qualquer relação com o incêndio.

Ameaças

Nesta sexta-feira (5), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que instaure um inquérito para investigar supostas ameaças - que teriam como pano de fundo a disputa pelo comando da legenda - de Bivar a Antonio de Rueda.

Bivar teria ofendido e ameaçado  Rueda e seus familiares, inclusive sua filha de 12 anos, e praticado violência política contra sua mulher, Maria Emília Rueda, que é tesoureira do partido.

Rueda entrou com uma representação criminal contra Bivar na Delegacia Especial de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal. Como o acusado é um deputado federal e tem foro privilegiado, o caso foi direcionado para o STF. O relator é o ministro Nunes Marques.

Um vídeo publicado pelo portal Metrópoles mostra uma conversa dos dois ao telefone, por volta das 23h de 26 de fevereiro, três dias antes da convenção que elegeu Rueda. No breve trecho, uma voz, que seria de Bivar, diz a Rueda que “acabaria” com o parente dele. O vídeo não mostra o contexto da conversa.

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