BRASÍLIA - O partido Novo se manifestou neste sábado (9) sobre a situação do líder da sigla na Câmara, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), e destacou, em nota, “repudiar” o que classificou como “tentativa de perseguição política”. 

“O Novo repudia veementemente essa tentativa de perseguição política e reafirma seu compromisso com a igualdade perante a lei. Seguiremos firmes na defesa da democracia e na luta para que as regras sejam iguais para todos, sem exceção”, ressaltou a legenda. 

O deputado é um dos parlamentares que poderá ser punido com a suspensão de seis meses do mandato após o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), decidir encaminhar à Corregedoria da Casa as denúncias relacionadas à obstrução iniciada pela oposição na terça-feira (5/8). 

“A obstrução parlamentar é um instrumento legitimo e tradicional do jogo político, amplamente usado pela esquerda quando era oposição, sem qualquer sanção. O que antes era encarado como parte da democracia, agora tornou-se motivo para perseguição severa, atingindo não apenas os parlamentares, mas milhares de brasileiros que eles representam”, completou a sigla na nota divulgada neste sábado. 

As denúncias ainda serão recebidas pela Corregedoria da Câmara, que recomendará ao presidente Hugo Motta a suspensão ou não dos mandatos. Em seguida, cabe a ele decidir se aceita as punições sugeridas. 

O processo ainda precisa passar pelo Conselho de Ética, e os deputados que compõem o grupo é que darão a palavra final. Se admitidas as punições, os parlamentares afetados estarão impedidos de participar das sessões da Câmara nesse período e não receberão seus salários. Os gabinetes também serão desativados.

Denúncias foram feitas após confusão no plenário 

Na última terça-feira, deputados de oposição obstruíram fisicamente o espaço do plenário da Câmara para impedir a realização de sessões e votações, obrigando a interrupção completa dos trabalhos. 

Apesar de um acordo construído entre líderes partidários e o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para liberação do plenário na quarta-feira (6/8) à noite, alguns deputados de oposição resistiram à ideia e continuaram sentados à Mesa da presidência. 

Leia a nota do partido Novo na íntegra:

"O líder do Novo na Câmara, deputado Marcel van Hattem, foi alvo de pedido de suspensão do mandato por seis meses feito por líderes da base do governo Lula. O presidente da Câmara, Hugo Motta, encaminhou essa representação abusiva, assim como as apresentadas contra outros parlamentares da oposição, à Corregedoria da Casa.

A medida foi motivada pela participação do parlamentar, junto à oposição, na obstrução dos trabalhos da Câmara dos Deputados em defesa da anistia e fim do foro, pautas apoiadas pela maioria do Parlamento, mas rejeitada pela liderança da Casa.

A obstrução parlamentar é um instrumento legítimo e tradicional do jogo político, amplamente usado pela esquerda quando era oposição, sem qualquer sanção. O que antes era encarado como parte da democracia, agora tornou-se motivo para perseguição severa, atingindo não apenas os parlamentares, mas milhares de brasileiros que eles representam.

O Novo repudia veementemente essa tentativa de perseguição política e reafirma seu compromisso com a igualdade perante a lei. Seguiremos firmes na defesa da democracia e na luta para que as regras sejam iguais para todos, sem exceção".