O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), parabenizaram o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, pela vitória nas eleições do último domingo (19), no segundo turno contra o candidato peronista e atual ministro da Economia argentino, Sergio Massa.
Pela rede social X, antigo Twitter, o senador mineiro desejou “uma administração profícua para o povo argentino, que o escolheu de maneira democrática e republicana”.
“Como presidente do Senado, reafirmo meu compromisso com o diálogo e com o fortalecimento das relações entre as duas nações, e coloco à disposição o Congresso brasileiro para iniciativas que busquem esse objetivo”, afirmou Pacheco.
Lira, por sua vez, declarou que continuará trabalhando para "estreitar relações" com o país vizinho. “Parabéns ao presidente eleito da Argentina, Javier Milei, e à Argentina pela escolha democrática do novo mandatário do país. A Câmara dos Deputados continuará trabalhando para estreitar ainda mais as relações comerciais, políticas e culturais entre as duas nações”, publicou.
No Congresso Nacional, parlamentares de oposição ao governo Lula celebraram a vitória do candidato de ultradireita. Bolsonaristas tratam a eleição de Milei como uma “esperança” para a América Latina, visando pleitos futuros em outros países da região nos próximos anos.
Ao contrário de Pacheco e Lira, na noite de domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não parabenizou explicitamente Milei. Ao reconhecer o resultado, o petista não mencionou o novo líder argentino, limitando-se a parabenizar as instituições do país, desejar boa sorte ao futuro governo e afirmar estar "à disposição para trabalhar junto" com os argentinos.
A possibilidade de vitória de Milei era vista com preocupação pelo Palácio do Planalto. Durante a campanha, o ultradireitista fez duras críticas e ataques ao petista. Chegou a dizer que, caso eleito, não iria fazer negócios com governos “comunistas”, como ele classifica o presidente brasileiro.
Marqueteiros brasileiros que fizeram a campanha do petista Fernando Haddad para o governo de São Paulo em 2022, inclusive, foram contratados pela equipe de Sergio Massa. Essa relação foi usada como artilharia por Milei que tenta pregar no eleitor que Lula está interferindo na corrida eleitoral argentina.
Além disso, o argentino prometeu retirar o país do Mercosul e cancelar a entrada da nação no Brics, bloco que conta com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e terá o ingresso de outros cinco países em 2024. A adesão argentina foi intermediada, sobretudo, por Lula.