O presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu nesta terça-feira (20) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar mineiro afirmou que trataram da “relação institucional do banco com o Senado Federal”.

“Na oportunidade, discutimos os desafios econômicos que o país tem pela frente, como o aprimoramento do sistema financeiro, a redução da taxa básica de juros e da inflação, e a maior disponibilização do crédito”, escreveu Pacheco.

Nesse âmbito, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pretende avançar com uma “reforma microeconômica”, composta por oito projetos, já em tramitação no Congresso, que tratam do mercado de crédito. Entre eles, a nova lei de falências e propostas que abordam temas como ressarcimento a investidores, infraestrutura do mercado financeiro, regime legal de juros e contratos de seguro, entre outros.

“Tudo isso é muito importante para criarmos as condições necessárias ao crescimento da produtividade e, consequentemente, do país, assegurando mais geração de emprego e renda”, disse Pacheco.

Campos Neto é alvo frequente das críticas de petistas e governistas por manter uma política de baixar gradualmente a taxa básica de juros. A reivindicação do PT é de uma redução mais acelerada. Hoje, o índice está em 11,25% ao ano.

Após a última redução da taxa, em 0,5 ponto percentual, a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) disse que a decisão é “insensível” e mostra “descompasso com a realidade”. “Manter o ritmo conta-gotas na redução da Selic é seguir submetendo país a uma das maiores taxas de juro real do planeta. É veneno para o crescimento econômico”, disse.

O mandato de Roberto Campos Neto no Banco Central vai até o fim deste ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicará um sucessor para o atual presidente da instituição.