A CPI da Covid da Câmara Municipal de Belo Horizonte escolheu nesta sexta-feira (21) o vereador Juliano Lopes (PTC) como presidente e o vereador Irlan Melo (PSD) como relator do colegiado. Melo, que até o então era líder do partido do prefeito Alexandre Kalil na Casa, abriu mão do cargo para afastar quaisquer problemas e realizar um parecer isento.

 

Os dois parlamentares eram candidatos únicos para os respectivos cargos.

 

Compõem o colegiado, além dos escolhidos, Bruno Miranda (PDT), Flávia Borja (Avante), Jorge Santos (Republicanos), José Ferreira (PP) e Nikolas Ferreira (PRTB). As reuniões serão às quintas-feiras 9h30 no plenário Camil Caram. Estava em votação também a opção dos encontros às sextas, mas Flávia Borja, por ser presidente da Comissão das Mulheres que tem sessões no mesmo horário, não poderia. O vereador Jorge Santos se colocou contra os encontros às quintas porque nas quintas-feiras ele participa de uma reunião de pastores da Igreja Universal, da qual faz parte. Posteriormente, após todos os vereadores votarem na quinta, Santos voltou atrás e disse que concordaria com a deliberação, mas que por algumas vezes chegaria "no meio ou no final". 

 

Após a eleição, o presidente Juliano Lopes afirmou que a cidade espera muito do colegiado,  e que vai trabalhar de “independente e idônea”, embora a posição dele seja de oposição na Casa. “Que essa comissão cumpra a missão de fiscalizar, todos os vereadores vão fazer indicações e requerimentos. É uma satisfação enorme, vejo como responsabilidade enorme, da minha parte podem ter certeza que vamos trabalhar da melhor forma e imparcial”, afirmou.

Irlan Melo pediu a colaboração dos colegas para que no próximo encontro apresentem sugestões para o plano de trabalho, e o relatório contará com a contribuição de todos.

Bruno Miranda, que é vice-líder do governo, afirmou que a prefeitura terá oportunidade de mostrar para a população o trabalho desenvolvido com a apresentação das contas, mas que "BH tem se embasado pela ciência, por critérios técnicos e o resultado disso é a cidade com menos mortes por 100 mil habitantes entre aquelas com população acima de 1 milhão de pessoas. "Acredito na isenção da comissão e apontando soluções que a cidade espera. E havendo alguma irregularidade, algum dano ao erário, que seja apontado", ressaltou Miranda.