Depoimento

CPI da Covid: Wajngarten diz que Pfizer ficou dois meses sem resposta do governo

Ex-secretário de Bolsonaro afirmou que farmacêutica apresentou proposta em setembro, mas até novembro governo não respondeu á oferta de vacina

Por Pedro Rocha Franco
Publicado em 12 de maio de 2021 | 11:54
 
 
 
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O ex-secretário da Secretaria Geral de Comunicação do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, afirmou na CPI da Covid que o governo Bolsonaro recebeu em setembro de 2020 a oferta da Pfizer para recebimento prioritário da vacina contra a Covid, mas o governo federal não respondeu à proposta formalizada em uma carta da farmacêutica até novembro.

Wajngarten disse que a carta foi enviada a integrantes do governo federal em 12 de setembro do ano passado, e que a mesma foi remetida a ele em novembro. Entre os destinatários da correspondência estão o presidente Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão, os ministros Paulo Guedes (Economia), Eduardo Pazuello (Saúde), Walter Braga Netto (Casa Civil) e o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Foster.

"Eu recebi a carta em 9 de novembro. Até lá, ninguém havia respondido a carta", afirma o ex-ministro. 

O ex-secretário disse que por ter formação jurídica e histórico de negociações internacionais teria experiência para assumir as tratativas com as farmacêuticas, e que, por isso, chegou a receber representantes da Pfizer, mas disse que isso não significa que negociou com a empresa apenas ajudou.

Wajngarten evitou criticar Eduardo Pazuello, mas afirmou que gostaria que um médico tivesse assumido o Ministério da Saúde durante a pandemia. O ex-secretário disse que a fala à revista 'Veja' não se referia a Pazuello. Na CPI, Wajngarten disse que chamou a afirmação sobre incompetência se referia a burocracia do governo.

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