O ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF) Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou que abertura de processo que pode culminar com determinação de devolução de R$ 2 milhões gastos pela Lava Jato em diárias e viagens é uma "vingança do sistema" contra quem combate corrupção.
Dallagnol afirmou não ter autorizado e não ter recebido verba para deslocamentos durante investigações da operação.
"Depois de ser condenado a indenizar Lula em R$ 75 mil, o TCU agora quer me responsabilizar por diárias que eu não recebi e nem autorizei. A condenação, dessa vez, pode ultrapassar R$ 2 milhões. Aonde vai parar a vingança do sistema contra quem combate a corrupção?", publicou Dallagnol em suas redes sociais.
Para Dallagnol, há uma tentativa de vingança sobre a operação que prendeu políticos e empresários envolvidos em casos de corrupção.
"Se eu não recebi e nem autorizei o pagamento de diárias, por qual motivo o TCU quer me responsabilizar por algo que não fiz e nem tinha poder para fazer? A resposta é clara: o sistema quer vingança contra quem lutou contra a corrupção, como já disse o ministro (do STF, Luis Roberto) Barroso", afirmou em outro trecho da publicação.
Dallagnol citou também que o pagamento de diárias foi o modelo mais econômico possível para "especialistas em corrupção e lavagem de dinheiro de várias partes do Brasil pudessem trabalhar na força-tarefa. Como consequência, a Lava Jato alcançou resultados inéditos, como os R$ 15 bilhões recuperados".
A Corte de Contas abriu o processo após o Ministério Público junto ao TCU indicar que havia uma opção mais econômica para o trabalho dos procuradores.
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