O deputado João Magalhães (MDB) foi agredido, nesta segunda-feira (19), durante reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A confusão levou a reunião a ser suspensa temporariamente. O encontro discutia a proposta para manter a cobrança de IPVA complementar às locadoras de automóveis.

Conforme apurou O TEMPO, Magalhães, que é um dos integrantes da FFO, teria sido ofendido com gritos de "filho da p...". Exaltado, ele deixou o auditório Plenarinho IV e foi até onde ficam os ouvintes para tirar satisfações de quem o teria o ofendido. Quando ele chegou ao local, um grupo foi para cima do parlamentar, e um deles lhe agrediu.

Dezenas de servidores das forças de segurança pública, que cobram uma recomposição de perdas inflacionárias de 35,44%, estão na ALMG desde o início da tarde, quando manifestações dos funcionários públicos levaram ao encerramento de uma audiência com os secretários de Governo, Igor Eto, de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, e de Fazenda, Gustavo Barbosa.

Em seguida, os policiais legislativos conseguiram separar o deputado e o grupo de presentes que foi pra cima de Magalhães. Inclusive, ao menos um dos policiais legislativos teria sido agredido. 

Quando a audiência foi retomada, Magalhães pediu a palavra e pediu desculpas ao colega. "Mas há uns 30 minutos havia uma pessoa de pé apontando o dedo pra mim e me xingando de 'filho da p...'. Acaba que passa a agredir não o deputado, mas a pessoa", afirmou.

Ele afirmou que não aceitaria xingamentos à sua mãe. "Se voltar a xingar a minha mãe, vou voltar a ir lá para tirar satisfação novamente", concluiu ele.

O deputado Sargento Rodrigues (PL), que é presidente da Comissão de Segurança Pública, prestou solidariedades a Magalhães, mas disse que a frieza do governo está repercutindo na ALMG. "Os deputados que falam em nomedo governo ou defendem ações do governo acabam recebendo desacatos, o que, repito, não deveria acontecer", concluiu.

Servidor diz que foi agredido

O servidor inativo da Polícia Civil Carlos Silveira, por sua vez, alega que teria sido agredido por Magalhães. "Nós estávamos protestando e o deputado João Magalhães deu uma volta (no auditório) e veio me bater. Não sei por quê. Aí, acertou de raspão no meu rosto e eu consegui empurrar ele", afirmou.

O líder do governo Zema, Gustavo Valadares (PMN), afirmou que vai fazer um requerimento para pedir acesso às imagens do Plenarinho IV para identificar quem agrediu Magalhães.