Apesar de o governador Romeu Zema (Novo) ter reforçado as posições do Partido Novo na gestão estadual, o novo presidente do partido, Eduardo Ribeiro fez críticas ao chefe do Executivo mineiro. Ele disse não concordar com o reajuste concedido ao funcionalismo público e destacou que continuará em uma batalha judicial para derrubar a medida.
"Entendo que, inicialmente, o aumento nem deveria ter sido proposto. Também defendo que o veto deveria ser total. Mas o veto parcial é uma opção política dele. Nós, enquanto gestão partidária, não temos ingerência sobre as decisões políticas do governador. Paralelo a isso, entramos com uma ação declaratória de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer com que todos os Estados, incluindo Minas Gerais, passem a incluir inativos e pensionistas no balanço final [da folha de pessoal] para ficar de acordo com a Lei da Responsabilidade Fiscal. Fizemos pensando na saúde fiscal de todos estados e municípios", disse Eduardo Ribeiro em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo".
Ele evitou críticas à decisão do vice-governador, Paulo Brant de sair do partido e rejeitou a hipótese de Zema seguir o mesmo caminho.
"Nós não fomos ainda notificados oficialmente (da saída de Brant). Entendo como uma decisão pessoal dele e que a gente respeita. Entendo que zelar pelo nosso programa partidário e nos mantermos fiéis aos nossos princípios e valores é uma das nossas principais virtudes", afirmou.
"Sabíamos desde o começo que o desafio em Minas Gerais seria colossal e que enfrentaríamos inúmeras dificuldades ao longo do caminho. Qualquer possibilidade de saída do Zema nunca foi objeto de discussão", completou.
Eduardo Ribeiro substituirá João Amoêdo no comando do partido. O antigo presidnete deixou o cargo na semana passada.