108 anos

Em aniversário dos Bombeiros, Zema agradece militares e promete reformas

Chefe do Executivo aproveitou para frisar as dificuldades do Estado durante o evento

Por Letícia Fontes
Publicado em 30 de agosto de 2019 | 13:20
 
 
 
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O governador Romeu Zema (Novo) agradeceu, nesta sexta-feira (30), o trabalho do Corpo de Bombeiros durante as buscas em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, após sete meses de rompimento da barragem da Vale. Durante o aniversário de 108 da corporação, na região da Pampulha, o chefe do Executivo aproveitou para frisar as dificuldades do Estado. 

“Eu só tenho a agradecer a todos que arriscaram a vida, que se ausentaram de suas famílias e fizeram tudo que estava ao seu alcance. Como governador tenho que dizer que as dificuldades têm sido muitas, temos feito o possível. Nesse mês de setembro vamos enviar para a Assembleia as reformas que o Estado tanto precisa, que vão possibilitar a médio e a longo prazo o equilíbrio das contas públicas. Nenhuma entidade seja privada ou pública consegue se viabilizar gastando mais do que ganha”, declarou o governador. 

Em discurso, o governador disse que iria enviar nesse segundo semestre reformas importantes para a Assembleia de Minas. Ele não citou quais são elas. No entanto, desde fevereiro os deputados estaduais esperam que a administração estadual envie para o Legislativo o Plano de Regime de Recuperação Fiscal, que é apontado pelo Executivo como a "única saída" para tirar as contas do Estado do vermelho. 

Com base na legislação federal, o plano prevê medidas duras, como a privatização de empresas estatais e o congelamento de reajustes para os servidores de todos os poderes na esfera estadual. Desde o início do ano, o governo de Minas está em negociações com o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, para se adequar às exigências da União.

Previdência

Durante a solenidade, Zema ainda aproveitou para falar sobre a reforma da Previdência.Ele, inclusive, comparou as aposentadorias como um esquema de pirâmides financeiras. 

“Minas lidera o ranking dos Estados endividados. Tomamos muitas medidas que estão economizando alguns bilhões por ano, mas muito depende de mudanças legais. Temos que lembrar que Minas está no mesmo contexto do Brasil. A reforma da Previdência ainda em trâmite, que deve ser aprovada em segundo turno, é exemplo claro disso. As aposentadorias no Brasil de certa maneira se transformaram como uma pirâmide financeira em câmera lenta. Só não estourou antes porque alguém leva 20, 40 anos para se aposentar”, afirmou.

Aprovada na Câmara dos Deputados, a reforma da Previdência agora tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A expectativa é de que o texto base da proposta seja votado até o início de outubro. 

Os Estados e municípios não estão contemplados nesse texto principal da Previdência do Congresso. Por isso, o relator da reforma no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), prepara a chamada “PEC paralela” para tratar sobre esse tema em específico. O assunto, no entanto, só deve entrar em votação no final do ano.

 

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