O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), iniciou nesta sexta-feira (15) seu giro por Minas Gerais em busca de apoio nas prévias do partido com uma visita a Belo Horizonte. Em um hotel no centro da capital, a candidatura dele foi endossada pelo diretório estadual do partido, pela bancada federal — com exceção do deputado Domingos Sávio, que apoia João Doria —, e por deputados estaduais, prefeitos, vereadores e militantes.

O PSDB escolhe no dia 21 de novembro o candidato do partido à presidência da República. O apoio de políticos com mandato é importante porque os votos deles terão peso de 75% contra 25% dos votos dos filiados.

Eduardo Leite estava acompanhado do vice-governador de Minas, Paulo Brant, recém filiado ao PSDB, do presidente do diretório estadual, Paulo Abi-Ackel, do líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Rodrigo de Castro, do deputado federal Aécio Neves e do deputado estadual Gustavo Valadares, entre outros mandatários do partido.

A presença em peso dos tucanos contrasta com a recepção dada pela legenda ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que visitou Belo Horizonte há duas semanas. Na ocasião, apenas o deputado federal Domingos Sávio declarou apoio ao paulista, que realizou eventos em que predominaram empresários e políticos de outras siglas.

Em coletiva à imprensa antes de discursar aos aliados, Eduardo Leite disse que respeita o estilo de Doria de fazer política, mas afirmou que tem o seu próprio.

“Meu jeito de fazer política é com a discussão prioritária sobre projeto e sobre agenda. Menos sobre uma aspiração pessoal ou sobre vaidades. Todo ser humano tem vaidade e os políticos têm uma dose a mais do que os outros porque lidam com a sua imagem e com seu nome. Mas não pode ser sobre vaidade e sobre projeto pessoal”, respondeu o governador do Rio Grande do Sul.

Leite afirmou também que as adesões que sua candidatura têm recebido nos estados, assim como declarações e posicionamentos favoráveis ao nome dele lhe dão confiança de que sairá vencedor das prévias. “Isso não significa que elas estão vencidas. Vamos até o último dia com muita energia e com determinação”, declarou. 

Apresentando-se como a terceira via para fugir da polarização entre Bolsonaro e Lula, o gaúcho declarou que o Brasil perde muito tempo e energia com ataques pessoais e defendeu que é preciso atuar para resolver os problemas reais que assolam a população.

“O Brasil precisa construir um ambiente de mais paz entre todos. Chega de atacarmos uns aos outros, de enfrentarmos uns aos outros. Vamos enfrentar os problemas do país, que não são poucos”, afirmou.

“[Como] A inflação que tira o poder de compra, especialmente da população mais pobre, preocupada se vai conseguir carne na mesa e pagar o botijão de gás, e o desemprego que deixa a todos no desassossego. Esses são os reais inimigos que precisam ser enfrentados”, disse o gaúcho.

Leite visitará cidades governadas por tucanos

Após a visita a Belo Horizonte, o governador Eduardo Leite permanece em Minas Gerais neste sábado. Pela manhã, ele estará em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. A cidade é governada desde 2017 pelo tucano André Merlo.

À tarde, o governador vai ao Sul de Minas, onde estará em Poços de Caldas. O prefeito da cidade, Sérgio Azevedo (PSDB), também foi reeleito nas eleições municipais do ano passado. 

A expectativa do diretório do PSDB é que deputados estaduais, prefeitos e vereadores das regiões dessas duas cidades compareçam aos eventos, a exemplo do que aconteceu ontem em Belo Horizonte, que reuniu os mandatários principalmente da região Metropolitana.

Recepção a Eduardo Leite em Belo Horizonte:

Segundo o PSDB, foram 650 presentes, entre filiados e mandatários:

4 deputados federais
2 deputados estaduais
41 prefeitos
26 vice-prefeitos
157 vereadores

Matéria atualizada às 20h31 com mais informações sobre o evento.