Lançada como pré-candidata pelo MDB à Presidência da República, a senadora Simone Tabet (MS) começa, a partir de agora, a intensificar a agenda com foco eleitoral. Nesta quinta-feira (27), ela irá desembarcar em São Paulo.
No dia da chegada ao reduto político do governador João Doria, pré-candidato presidencial pelo PSDB, ela terá uma reunião com o ex-presidente da República Michel Temer, acompanhada do presidente nacional do MDB, Baleia Rossi.
Na sexta-feira (28), participará de encontro promovido pela ex-senadora e ex-prefeita Marta Suplicy sobre pautas femininas nas eleições, que receberá também a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, entre outros nomes.
No sábado (29). Tebet deve visitar Paraisópolis, a segunda maior comunidade de São Paulo. Há previsão de uma viagem ao Rio Grande do Sul na próxima semana, estado em que pretende construir um palanque eleitoral, assim como Minas Gerais.
O plano é tentar engatar o apoio de dissidentes do PSDB que não concordam com a escolha de Doria nas prévias do partido. O próprio governador gaúcho, Eduardo Leite, derrotado pelo tucano paulista na disputa interna, não descarta a possibilidade de apoiar o candidato do MDB ao governo local. O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, esteve ao lado de Tebet no lançamento da pré-candidatura.
A busca de apoio pauta o MDB antes da saga pelo nome que vai ocupar o lugar de candidato a vice-presidente na chapa. O objetivo é conquistar o maior apoio possível para, então, escolher o aliado nas urnas.
Estão no radar, ainda, o União Brasil – partido a ser registrado pela fusão do DEM e PSL – e até de dirigentes do PSD que não sentem firmeza no desejo do presidente da sigla, Gilberto Kassab, de lançar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na disputa presidencial.
Mesmo ainda no início da largada eleitoral, Tebet já escolheu para a campanha o marqueteiro Felipe Soutello, que comandou a campanha de Bruno Covas (PSDB) à prefeitura de São Paulo em 2020. A ideia é já começar a pensar no programa de televisão para nacionalizar Tebet com apelo à causa feminina – além de ser a única mulher cotada ao Palácio do Planalto, ela é a primeira líder da bancada feminina no Senado.
Outra estratégia que deve ser adotada é a rejeição de outros pré-candidatos ao redor do país. Em conjunto, a equipe quer aproveitar que a pouca vitrine a nível nacional traz, consequentemente, baixo índice de reprovação.
Dirigentes do partido reconhecem que Tebet ainda não é uma realidade eleitoral, mas afirmam que há potencial de crescimento durante a campanha. O objetivo é virar o desempenho inexpressivo nas pesquisas eleitorais e começar a aumentar o índice a partir de fevereiro para, em abril, tentar ocupar margem próxima a 10% das intenções de voto.
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