FEDERALIZAÇÃO

‘Estatais não são problema, mas parte da solução em Minas’, afirma deputado

Reginaldo Lopes defende que empresas como Copasa, Cemig e Codemig permaneçam sob administração do Estado

Por O TEMPO
Publicado em 21 de novembro de 2023 | 10:13
 
 
 
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Em entrevista ao Café com Política, da FM O TEMPO 91,7, nesta terça-feira (21), o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) afirmou que é contra a federalização de estatais mineiras como parte da solução para a dívida de quase R$ 160 bilhões que o Estado tem com a União.

A proposta tem sido colocada como alternativa ou complemento ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) proposto pelo governador Romeu Zema (Novo). A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), por exemplo, poderia ser repassada ao governo federal por cerca de R$ 20 bilhões.

“O que justifica vender as estatais, como Copasa, Cemig e Codemig, que geram para o Estado R$ 2,5 bilhões em dividendos? Ou seja, essas estatais não são um problema em Minas, elas são parte da solução, pra quê entregar para a União”, defendeu o parlamentar.

Zema mantém disputa ideológica

O deputado federal também comentou a falta de diálogo entre o governo do Estado e o governo federal, o que acabou provocando um movimento da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e da bancada mineira no Congresso Nacional em busca de alternativas ao RRF. Ele acredita que a falha está no lado do governador Romeu Zema (Novo).

“Quando eu falo que ele quer polarizar, ele busca, nos princípios ideológicos, fazer o debate sobre Minas. Ele está governando o Estado de Minas Gerais, as eleições ocorrerão em 2026, ele tem a obrigação de procurar o presidente Lula”, afirmou o parlamentar.

Reginaldo Lopes também questionou por que o chefe do Executivo estadual não teria procurado o Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de ampliar o prazo de carência para o pagamento da dívida, enquanto outras alternativas são estudadas para quitá-la.

“Ao mesmo tempo ele quer falar mal dos servidores públicos para manter uma disputa ideológica, quer perseguir ideologicamente o serviço público, o papel do Estado, e por outro lado quer fazer esse debate ideológico sobre o papel das estatais, sendo que as estatais, no governo dele, geraram mais de R$ 10 bilhões de receita”, argumentou o deputado.

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